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Bolsonaro corta 87% de doações de leite a famílias em extrema pobreza no Nordeste e em Minas

O ápice do programa foi atingido entre 2011 e 2012 e, naquela época, 28 mil produtores vendiam leite ao governo federal

Foto: Montagem Pensar PiauíBolsonaro corta doações de leite
Bolsonaro corta doações de leite

Dcm - Em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a distribuição de leite às famílias em extrema pobreza da região Nordeste e do interior de Minas Gerais pelo programa Alimenta Brasil foi drasticamente reduzida. Entre janeiro e agosto, o total de litros distribuído caiu 87% em comparação ao mesmo período de 2021.

O programa do leite, como é conhecido na Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), local de maior grau de insegurança alimentar, enfrenta seu maior desfinanciamento federal, segundo gestores. Em agosto, por exemplo, apenas 54 produtores venderam ao governo um total de 236 mil litros de leite. Já em outubro do ano passado, em comparação, eram 4.443 produtores, que venderam 5,9 milhões de litros de leite. Em janeiro deste ano, nenhum litro de leite foi comprado.

O ápice do programa foi atingido entre 2011 e 2012 e, naquela época, 28 mil produtores vendiam leite ao governo federal. Segundo o UOL, a queda pode ser percebida também pelo orçamento investido. Neste ano, até agosto, foram apenas R$ 7.453.265,22. Em novembro do ano passado, por exemplo, foram investidos R$ 13.192.481,34.

Cada município adota sua estratégia, mas, segundo o Ministério da Cidadania, deveriam receber leite as famílias registradas no Cadastro Único, com prioridade para as beneficiadas pelo Auxílio Brasil. Cada família tem direito de receber até sete litros de leite por semana.

Com os cortes, prefeituras e estados reduziram o número de famílias ou de volume distribuído e chegaram a parar de fornecer o alimento neste ano, como aconteceu no Ceará. Com isso, além das famílias, merenda escolar e hospitais também foram prejudicados.

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