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Ator de Hollywood critica Lula sobre Amazônia

Ao mesmo tempo, o 'Hulk' em 'Os Vingadores' elogiou o presidente brasileiro por criar proteções fundamentais aos povos indígenas

Foto: ReproduçãoMark Ruffalo
Mark Ruffalo

 

O ator hollywoodiano Mark Ruffalo, famoso por seu papel em 'Os Vingadores', criticou o presidente Lula por sua atuação durante a Cúpula da Amazônia, encontro entre chefes de Estado dos oito países que compartilham o bioma. Segundo o artista, a declaração final da reunião não estabelece metas concretas para conter a mudança climática. 

"O senhor é um dos meus heróis, Lula, mas me parte o coração ver que a Declaração de Belém da Cúpula da Amazônia não tem metas concretas para proteger a floresta. A emergência para proteger a Amazônia é uma emergência climática - e nós não temos tempo a perder", escreveu Ruffalo em seu twitter.

Ele também elogiou o presidente brasileiro por criar proteções fundamentais aos povos indígenas. "Obrigado por ouvir as vozes daqueles que estão no centro da mudança climática", escreveu.

No entanto, outro aspecto do discurso de Lula na cúpula gerou incômodo no Norte Global. Durante sua intervenção, ele afirmou que as nações em desenvolvimento não podem aceitar o "neocolonialismo verde".

"Não é Brasil, Colômbia ou Venezuela que precisam de dinheiro. É a própria natureza. Ela exige que os países ricos paguem sua parte para reparar os danos causados ​​em 200 anos de desenvolvimento industrial", disse Lula ao encerrar o encontro na cidade de Belém (PA).

Ele enfatizou que os países amazônicos, juntamente com a República do Congo, a República Democrática do Congo e a Indonésia, transmitirão uma mensagem clara às nações mais ricas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), marcada para novembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

“Diremos a eles que, se quiserem preservar o que exigem de nossas florestas, é necessário contribuir com recursos não apenas para proteger as copas das árvores, mas também para apoiar as pessoas sob essas árvores que desejam trabalhar e estudar”, destacou. 

Lula exortou os países em desenvolvimento a não "aceitarem um neocolonialismo verde que, sob o pretexto de proteção ambiental, (que) impõe barreiras comerciais e medidas discriminatórias, desrespeitando políticas e leis domésticas".

Essas declarações se referem indiretamente às demandas ambientais que os europeus tentam impor no Acordo de Livre Comércio (TLC) entre a União Européia (UE) e o Mercosul, bloco de integração formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Como resultado das medidas protecionistas da UE, as negociações para este acordo de livre comércio foram novamente paralisadas.

Lula lembrou que a era colonial legou aos países com florestas tropicais "um modelo econômico predatório" construído sobre a exploração irracional dos recursos naturais e a exclusão sistemática dos povos indígenas.

Com informações da TeleSur e 247

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