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Arcebispo de Aparecida critica “fake news” e “fim da Lava Jato"

Dom Orlando Brandes não citou nomes, mas falou sobre “idolatria de autoridades” e também criticou as queimadas no país

Foto: A12.comDom Orlando Brandes
Dom Orlando Brandes

Durante a missa de celebração do Dia de Nossa Senhora Aparecida, nesta segunda-feira (12), o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, criticou o fim da Lava Jato e as queimadas no país, durante o sermão no Santuário Nacional, maior templo católico do país. Ele ainda citou a “idolatria de autoridades” e repudiou as “fake news“.

Sem citar nomes, o arcebispo disse que a “impunidade é um dos dragões que está voltando”. “Não deixai que nosso Brasil se perca nas chamas. O Pai disse assim: Faça-se as árvores e o homem ganancioso disse cortemos as árvores”, declarou Dom Orlando Brandes.

“Vamos usar a veste da verdade, não de fake news, não de mentiras, a couraça é nossa justiça, diz Paulo apóstolo. Justiça para ver menos desigualdades sociais. Nas nossas mãos, a espada do espírito para a gente então se despir de tudo que é idolatria. Às vezes idolatramos até pessoas, raças, autoridades. Tomam o lugar de Jesus esses ídolos que nos destroem”, afirmou no sermão.

O acerbispo também criticou o fim da Lava Jato, anunciado por Jair Bolsonaro na última semana."Deveríamos salvar a Lava Jato", disse. Para ele, falta de diálogo e união para "salvar o futuro da humanidade".

O que diz o presidente 

Nos últimos meses, biomas como Amazônia e Pantanal têm sofrido com as queimadas. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de incêndio registrados na Amazônia até setembro deste ano é o maior desde 2010. Somente em 2020, foram 76.030.

Em setembro, o presidente Jair Bolsonaro disse em discurso na ONU que o Brasil é 'vítima' de 'brutal campanha de desinformação' sobre a Amazônia e o Pantanal. Na última sexta-feira, ele voltou a dizer que a Amazônia não pega fogo.

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