Eliane Cantanhêde, a sensata, fala das 'mortezinhas' na guerra
Após polêmica, diz que fez pergunta técnica e pede desculpa
A jornalista Eliane Cantanhêde, frequentemente vista como símbolo de sensatez, escreveu no Estadão sobre a possível visita do presidente Lula a Cristina Kirchner, que atualmente cumpre prisão domiciliar em Buenos Aires:
“Lula vai visitar Kirchner na Argentina? Erro diplomático e burrice de política interna.”
A mesma Eliane Cantanhêde, conselheira habitual de bom senso e diplomacia, comentou recentemente na GloboNews sobre as mortes decorrentes da guerra provocada por Israel:
“Em Gaza, matam milhares e milhares de pessoas, e os mísseis que saem do Irã e caem, efetivamente caem em Israel, não matam ninguém. Tem uma mortezinha daqui, tem outra dali, tem 23 feridos daqui, 40 dali… Feeeridos. Isso é o tipo de míssil ou é o tipo de edificação e de proteção, as estruturas de Israel que são mais poderosas. Eu não consigo entender por que nessa guerra o Irã atinge o alvo e não mata ninguém.” (Comentário encerrado com risos.)
Diante da repercussão, Eliane Cantanhêde reconheceu que sua sensatez pode não ter sido bem compreendida e publicou a seguinte nota em suas redes sociais:
“Depois de rever a gravação da pergunta que fiz na sexta-feira, reconheço que me expressei mal e dei margem a conclusões equivocadas, que não representam meu pensamento, pelo que peço desculpas. A intenção foi fazer uma pergunta técnica sobre armamentos e sistemas de defesa.”
No entanto, a jornalista sensata não esclareceu se a “pergunta técnica” dizia respeito às “mortezinhas”. Eliane Cantanhêde talvez devesse ser mais cuidadosa ao recorrer ao diminutivo.
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