Política

Alvo da PF, Ciro Gomes alega perseguição política de Bolsonaro

“O braço do estado policialesco de Bolsonaro [...] levanta-se novamente contra mim", escreveu o pré-candidato a presidente da República

  • quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Foto: Poder360Ciro Gomes
Ciro Gomes

O ex-governador do Ceará e pré-candidato a presidente da República Ciro Gomes (PDT) afirmou, nesta quarta-feira (15/12), que “o braço do estado policialesco de Bolsonaro” se levantou novamente contra ele.

Ciro e o irmão, o senador Cid Gomes (PDT), são alvos de operação da Polícia Federal (PF)que apura o pagamento de propina em obras no estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre 2010 e 2013.

“Até esta manhã eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um pais democrático. Mas depois de a Polícia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo à minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade”, escreveu Ciro nas redes sociais.

“Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura à Presidência da República”, escreveu o pré-candidato ao Palácio do Planalto.

Estima-se que R$ 11 milhões tenham sido pagos diretamente em dinheiro ou disfarçados de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas.

"O braço do estado policialesco de Bolsonaro, que trata opositores como inimigos a serem destruídos fisicamente, levanta-se novamente contra mim”, prosseguiu.

Ciro também disse nunca ter se sentido um cidadão acima da lei, “mas não posso aceitar passivamente ser tratado como um subcidadão abaixo da lei”. “Ninguém vai calar a minha voz”, acrescentou o ex-governador do Ceará.

A operação

Batizada de Operação Colosseum, a ação apura fraudes, exigências e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos envolvidos na licitação para obras no estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre 2010 e 2013.

Ao todo, 80 policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal, em Fortaleza (CE), Meruoca (CE), Juazeiro do Norte (CE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA). As buscas têm como objetivo apreender mídias digitais, aparelhos celulares e documentos.

As investigações tiveram início em 2017, quando foram identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propinas para que uma empresa fosse beneficiada no processo licitatório da Arena Castelão.

O grupo teria, ainda, posteriormente – na fase de execução contratual – recebido valores devidos pelo governo do Ceará ao longo da execução da obra de reforma, ampliação, adequação, operação e manutenção do Estádio Castelão.

Com informações do Metrópoles 

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