A morte se chama Bolsonaro
Cada apoiador desse miliciano é diretamente responsável pela tragédia que o Brasil se tornou
Por Pablo Villaça, crítico de cinema, ontem, no facebook
Vamos deixar bem claro o que está acontecendo: o sistema de saúde do Amazonas entrou em colapso. As pessoas estão morrendo nos hospitais por falta de OXIGÊNIO - ou seja: não apenas as vítimas de Covid, mas de qualquer tipo de patologia que leve os pacientes a experimentarem falta de ar.
Enquanto isso, o governo federal lança um app que estimula o uso de medicamentos COMPROVADAMENTE sem eficácia, já que a estupidez de Jair Bolsonaro levou à produção de milhões de doses de hidroxicloroquina que haviam ficado encalhadas - e, em sua sociopatia, o sujeito prefere forçar a adoção de um remédio que pode provocar até a morte das pessoas do que assumir que, pela enésima vez, cometeu um erro grave.
Provando o compromisso de todos os ministérios com o genocídio, os responsáveis pelo Enem decidiram mantê-lo mesmo com a média móvel de mortes e contaminações crescendo a cada dia.
E aí vem a cereja do bolo: depois que a Justiça Federal do Amazonas adiou as provas, o governo de Bolsonaro RECORREU da decisão. Sim, hoje, mesmo dia em que o Brasil descobriu que o estado está assassinando pessoas por asfixia em seus leitos no hospital.
Vou até repetir: o governo Bolsonaro recorreu da decisão de adiar o Enem até mesmo no Amazonas, que está em absoluto colapso em função da Covid.
Como alguém que durante a vida toda escreveu que não devemos odiar nossos oponentes políticos (procurem aqui e verão), quero expressar de modo inequívoco o ódio profundo que passei a sentir dos Bolsonaros e dos bolsonaristas. Um ódio visceral, reservado a monstros. Cada apoiador desse miliciano é diretamente responsável pela tragédia que o Brasil se tornou. Esses poços de ressentimento e ódio arrastaram o país para o esgoto com seu obscurantismo e seu amor pelo deus-mercado.
A Bolsa vale mais que a vida.
E a morte se chama Bolsonaro.