Covid-19 deixa várias lições para a humanidade

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Alguém lançou um vírus no mundo e a Terra parou. Teve início na China a contaminação, onde milhares de pessoas morreram. Todos acompanhavam pelos noticiários os acontecimentos na China sem acreditar que poderia se espalhar pelos demais países. Mas o que parecia distante e impossível aconteceu, o vírus se espalhou e já atinge todos os países. E milhares de pessoas já morreram em todo o planeta. A economia mundial agoniza, pois quase tudo parou na tentativa de conter o avanço do vírus. Apenas setores essenciais estão funcionando, como alimentação e saúde, bem como a logística para os manterem em funcionamento. As pessoas têm que se manterem distantes entre si. Não existe mais a boa recepção com o aperto de mão e nem o calor do abraço. Usar máscara passou a ser obrigatório. Não existe aperto de mão, abraços, beijos e o brilho dos sorrisos.

O mundo que já era muito virtual, se tornou mais ainda com a pandemia. A covid-19 é uma doença causada pelo novo coronavírus e apresenta os sintomas de tosse seca, febre, dor de cabeça e falta de ar. As pessoas que são acometidas e ficam no estado grave da doença precisam de UTI com respiradores mecânicos. Não existe ainda medicamento específico ou vacina. A medida mais correta é a prevenção com o uso de máscaras, álcool para higenizar as mãos e o que mais for necessário, além de sabão, vinagre e água sanitária e o isolamento social de todos, contaminados e não contaminados. A doença causada pelo vírus é democrática, matando pobres e ricos. Muitas famílias incompletas. E no mundo todo acumulam-se corpos, que são incinerados ou enterrados em valas comuns. Os sistemas funerários não resistiram, entraram em colapso. Os sistemas de saúde entraram em colapso também. Todos tiveram que se recolher, se isolarem em suas residências. Igualdades e contrastes se mostram. Os ricos no isolamento detém todas as condições para permanecerem e atravessarem esses tempos difíceis. Por outro lado, os pobres não dispõem de recursos e passam o isolamento na penúria, com as mais diversas necessidades.

A pandemia trouxe vários contrastes e paradoxos. Os que detém recursos têm todas as codições para se protegerem no isolamento. Mas, de qualquer forma, vêem seus recursos diminuirem pelo fato da maioria dos setores da economia estarem parados. Em socorro aos que não tem recursos, surge os focos de solidariedade. Muitas campanhas de arrecadação de produtos de primeira necessidade para doação, o que tem ajudado a população sem recursos e que perderam seus meios de sobrevivência por causa da pandemia. O capitalismo não apresentou respostas à crise, está paralisado e perplexo, sem rumo diante da pandemia. E solta gritos de fim do isolamento, para os trabalhadores voltarem aos seus postos de trabalho. A sua resposta mais marcante foi socialista, visto que os governos da maioria dos países estão distribuindo renda para as pessoas se manterem em casa isolados.

Os recursos do estado estão sendo socializados, empresas se unem e criam fundos solidários para socorrer diferentes setores da sociedade. E onde não existe sistema público de saúde, ele está surgindo de forma forçada para conter o avanço da pandemia. Com menos veículos circulando e a maioria das indústrias paradas, teve como consequência inevitável a diminuição da poluição. Os estudos sobre a degradação ambiental apontavam à necesidade, mas os maiores líderes mundiais se recusavam a tomar as providências corretas para a preservação do planeta. Então, foi necessário a pandemia do novo coronavírus para aliviar o planeta das fortes cargas diárias de poluentes.

Os países passam por uma trágica reforma da previdência,onde a maioria dos óbitos da covid-19 são das pessoas de faixa etária abrangidas pela aposentadoria. Como saldo da pandemia, teremos milhares de mortes, famílias devastadas, capitalismo agonizante, pequenas experiências de socialismo, uma reforma previdenciária forçada, novos hábitos de higiene e convivência social, além da diminuição da poluição em todo o planeta. Outra mudança será a redefinição de relações familiares, onde em alguns casos estará mais coesas e em outros trincadas, devido o conhecimento adquirido entre as pessoas acerca da proximidade forçada.