Rafael Fonteles surge à disputa de 2022

Foto: google imagens

Rafael Fonteles poderá ser candidato a governador

Tendo em vista o cenário complexo que ora se configura para 2022, com aliados de peso, abertamente, se voltando contra o governador Wellington Dias, é natural que o Palácio de Karnak se movimente no sentido de apresentar uma alternativa de permanência. Talvez, por isso, surja, em momento surpreendente, o nome do secretário da Fazenda, Rafael Fonteles, como possível indicado a candidato majoritário nas eleições de 2022. E o nome de Fonteles aparece através de uma negativa, o que é bem sintomático.

Pela tradição, quando a questão é política, negar pretender disputar um cargo eletivo é comumente uma estratégia, por vários objetivos e razões. Há poucos dias, o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria negado pretensões eleitorais presidenciais para 2022. Mas todos sabem que, na hipótese de recuperar seus direitos políticos – através da anulação da sentença de condenação no processo relacionado ao triplex de Guarujá (SP) –, Lula será candidatíssimo, por fatores que inclusive extrapolam suas pretensões pessoais.

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No caso de Rafael Fonteles, ao negar qualquer intenção de trabalhar por uma candidatura ao Karnak, em 2022, vale o mesmo raciocínio. Ao aparecer dizendo que não pensa ser candidato a governador, o secretário na verdade se apresenta para essa conjuntura de disputa pelo poder, que só se efetivará daqui a dois anos. E sua aparição, em tal categoria, não se dá, muito provavelmente, por vontade própria. Fonteles poderia estar no radar de Wellington Dias para ser seu sucessor, já que preenche requisitos importantes.

Regina e Rafael

Na engenharia política feita sob a coordenação do governador, nomes como o da vice-governadora Regina Sousa e Rafael Fonteles poderiam ser estudados para fazer frente à disputa pelo poder que ocorrerá em 2022. Antes, havia apenas o da vice-governadora, que, se Wellington renunciar para se candidatar ao Senado, assumirá, de fato, o governo, o que tornaria natural sua condição de candidata à reeleição em chapa majoritária encabeçada pelo PT. Porém, há outros fatores em questão. Um deles se refere ao potencial de crescimento.

E nesse aspecto Fonteles poderia levar vantagem sobre Regina, o que pode ser verificado por meio de pesquisas qualitativas e quantitativas. O jovem secretário, considerado um menino prodígio já na adolescência, rapidamente se transformou num empresário bem sucedido nos ramos financeiro, educacional e imobiliário, se destacando sobretudo por sua competência econômica. Tanto é que foi convidado a assumir a pasta mais importante do governo estadual, com a missão de não atrasar salários do funcionalismo, em momento crítico.

Desde janeiro de 2015, o secretário conseguiu, até agora, cumprir a missão de não atrasar, premissa máxima da administração. Mas, foi além, de acordo com dados oficiais, e consegue manter o Estado em situação de equilíbrio fiscal, colocando o Piauí em destaque nacional. Não por acaso, ele é o presidente do Comitê de Secretários de Fazenda (Consefaz) e tem se destacado como tal. Ao virar notícia por negar a possibilidade de ser indicado a sucessor do governador, Fonteles deve estar ganhando cada vez mais espaço.

OBS: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do pensarpiaui.