Pensar Piauí
Doutor em Antropologia

Arnaldo Eugênio

Doutor em Antropologia

Os falsos brasileiros

Foto: DivulgaçãoManifestação terrorista em Brasília
Manifestação terrorista em Brasília

 

Mais do que lamentável, absurdo e criminoso, o banditismo de bolsonaristas com cunho político e golpista, ocorrido no domingo (08/01), em Brasília, deve ser reprimido nos rigores da lei. Pois, além da arruaça, a invasão ao Congresso, Planalto e STF foi um atentado terrorista contra a população brasileira com modus operandi semelhante ao Capitólio, nos Estados Unidos, em 2021.

Assim como os terroristas que promoveram a invasão do Congresso americano, os bolsonaristas radicais justificam os atos criminosos por não aceitarem os resultados das urnas no Brasil e ainda pedem um golpe de estado. O motim protagonizado por seguidores da anomalia política, o ex-presidente Jair Bolsonaro – homiziado na Flórida, EUA –, não pode ser tratado como um ato político reivindicatório, mas um crime.

Por isso, deve-se reprimir de forma exemplar os mentores e participantes dos nefastos episódios de vandalismo, obrados por falsos brasileiros vestidos de verde-amarelo e enrolados em bandeiras do Brasil. As ações de terror de grupos bolsonaristas no Telegram revelam ações coordenadas e perpetradas pelos bestializados no DF.

Apesar dos danos patrimoniais, materiais e econômicos, causados por uma minoria pseudopatriota, que traziam em camisetas a inscrição “ordem e progresso”, a democracia não sofreu qualquer abalo e permanecerá firme, resistindo aos ataques da horda de falsos brasileiros criminosos.

É essencial identificar e punir os participantes, mentores e financiadores de crimes federais, com a complacência de autoridades civis e militares. Pois, os baderneiros foram arregimentados para as depredações e saques nas invasões das sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal: um ato golpista!

É importante, também, identificar e punir os grupos de extrema direita e a “família militar”, que animaram os acampamentos criminosos até os ataques em bandos de desordeiros, para sabotar a ordem social, impedindo o presidente eleito de administrar o país, sob a falsa alegação de fraude eleitoral. Os falsos patriotas, que fingem defender “Deus, pátria e família”, são criminosos, que se aproveitam de situações sociais para depredaram e saquearem bens públicos das instituições democráticas.

Nesse contexto, todos aqueles que apoiaram, politicamente, o "genocida" e os bestializados são corresponsáveis por todo esse vandalismo e terrorismo em Brasília. Inclusive os policiais que foram vistos tirando fotos e fazendo vídeos com seus celulares, enquanto o bando de bolsonaristas criminosos avançavam em direção aos prédios das instituições públicas.

O exercício do direito à livre manifestação do pensamento ou de liberdade de expressão não é autorização para depredar, aterrorizar, agredir, ameaçar, roubar e dá golpe de estado. O povo brasileiro não pode esquecer nem aceitar o terror golpista nunca mais. É um momento da História do Brasil, que separa aqueles que amam o país e os falsos patriotas que defendem a violência como forma de chegar ao poder.

O vandalismo em Brasília não foi um ataque ao governo Lula, mas um atentado à democracia, à sociedade e ao Estado democrático de direito. Caberá à população repudiar aqueles (políticos, civis, pastores, militares, midiáticos etc.) que apoiaram os vândalos e os seus atos terroristas, golpistas e criminosos.

Portanto, é preciso enfrentar e punir todos os fascistas que atacaram as sedes dos três poderes da República e apoiar o Governo Lula e Alckmin, em defesa da democracia. O Brasil não aceitará a anistia para os organizadores, financiadores e participantes dos atos terroristas de falsos brasileiros.

OBS: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do pensarpiaui.

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