Pensar Piauí
Doutor em Antropologia

Arnaldo Eugênio

Doutor em Antropologia

Foco no Bolsa Família

Foto: Rede Brasil AtualBolsa Família
Bolsa Família

Antes do carnaval, o Governo Federal (ou governo Luís Inácio Lula da Silva – PT) deu um grande passo sociopolítico, para disciplinar a folia da injustiça social superdimensionada nos entes federados – estados e municípios – no período eleitoral, em 2022, pelo governo genocida, visando a reeleição presidencial, a eleição de governos aliados e colocar o PT no ostracismo político nacional. Felizmente, a força popular de Lula, a vontade do povo e a coragem do ministro do STF Alexandre de Moraes barram, em parte, o golpe.

Acertadamente, o governo de Lula, ao optar pela limpeza moral na folia da injustiça social de intenção eleitoreira perpetrada por um governo golpista no Programa Bolsa Família, poderá reestabelecer a integridade de uma das mais importantes política pública e social do Brasil. Através da nova gestão no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o governo federal autorizou as correções nos cadastros do Bolsa Família para evitar um mal-estar social com a suspensão de, no mínimo, 5 milhões de inscrições (ou benefícios) no Cadastro Único.

Socialmente, o governo Lula, por meio da nova gestão do MDS, permitirá a inscrito irregular no CadÚnico solicitar cancelamento ou exclusão voluntária, realizando pelo aplicativo de celular ou pelo computador. Assim, permitirá a otimização da política pública e social do Bolsa Família; evitará constrangimentos públicos de quem recebe o benefício indevidamente; e fará uma justiça social com base na igualdade e equidade, principalmente para os nossos irmãos mais vulneráveis e esfomeados.

Politicamente, o governo Lula eliminará, por um lado, a corrupção eleitoral, que quase jogou o PT na vala do ostracismo político e, por outro, com controle social e fiscalização constante, prevenirá outra tentativa de golpe, que está latente em muitos neofascistas nos entes federados – estados e municípios.

Nesse processo de moralização do Programa Bolsa Família, a nova gestão do MDS tem grandes chances de excluir do programa de transferência de renda milhares de pessoas inscritas ilegalmente nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou no setor responsável nos municípios, através da manipulação de dados pessoais, da corrupção política local, do parentelismo, apadrinhamento, favoritismo.

As averiguações cadastrais de todos os beneficiários, para corrigir e otimizar a política social, não será uma tarefa fácil, mas é oportuna e necessário.
Estrategicamente, o MDS é um dos ministérios em que o PT tem que saber fazer uma gestão eficiente, alerta, vendo e ouvindo, sendo vigilante para inibir um possível contragolpe político, visando a curto prazo as eleições municipais e a longo prazo as eleições estaduais. Pois, o MDS é responsável pelas políticas nacionais de desenvolvimento social, de segurança alimentar e nutricional, de assistência social e de renda de cidadania no país, além de ser o gestor do Fundo Nacional de Assistência Social.

Ou seja, é um campo importante de atuação sociopolítica que envolve muitas necessidades e carências de milhões de brasileiros – analfabetos políticos e de eleitores vulneráveis –, que são passíveis de manipulações políticas e eleitoreiras no âmbito local, constituindo um perigo de golpe político aos petistas.

Nesse contexto, as escolhas do governo Lula por Wellington Dias, no MDS, e do governo Rafael Fonteles por Regina Sousa, na SASC, foram fundamentais, inteligentes e estratégicas, pois são partidários, leais, confiáveis e gestores experientes, que trabalham bem o arquétipo da raposa – no caso, simboliza a destreza, a inteligência política, a adaptabilidade, a astúcia, a sagacidade, a perspicaz e a sapiência.

OBS: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do pensarpiaui.

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