Foto: Reprodução/redes sociais

Conforme Sababá Filho, o prefeito Facinho, do PL, ofereceu valor para que o vereador saísse do cargo

O vereador Cleverson Pedro Sousa de Jesus, o Sababá Filho (PCdoB), do município de Cândido Mendes (MA), decidiu jogar R$ 250 mil em espécie de uma janela da Câmara Municipal, nessa sexta-feira (4) para, segundo ele, denunciar a tentativa de suborno feita pelo prefeito José Bonifácio Rocha de Jesus, mais conhecido como Facinho (PL).

Imagens que circulam nas redes sociais mostram moradores se acotovelando para pegar as notas de R$ 50 e R$ 100 que caíam do segundo pavimento do prédio público, no centro da cidade, sob um sol quente.

Sababá afirmou, momentos antes, na tribuna da Câmara Municipal, que o dinheiro teria sido oferecido pelo prefeito Facinho para fazer com que o parlamentar deixasse o oficialmente o mandato, por meio de uma carta de renúncia. Um suplente, aliado do chefe do Executivo, seria beneficiado com mandato na casa legislativa. 

Durante a sessão ordinária, o vereador mostrou a carta-renúncia supostamente assinada no momento do acordo, e depois rasgou o documento.

Antes de lançar o dinheiro na rua, o vereador mostrou as cédulas para todos os que estavam no plenário da Câmara Municipal. O montante estava guardado numa mochila preta, que foi aberta por Sababá durante o seu discurso. Ele organizou o dinheiro sobre a tribuna e disse que não havia “nada a temer”. Depois fez as acusações contra o prefeito. Em seguida, ao se dirigir à janela do prédio da Câmara, ele disse: “Esse dinheiro é do povo”. E jogou tudo.

Veja os vídeos:
 

O vereador foi à delegacia de polícia do município para registrar boletim de ocorrência contra o gestor municipal. O prefeito Facinho divulgou uma nota negando a tentativa de suborno. Disse que vai processar o vereador por calúnia e difamação.

Facinho afirmou que Sababá é seu “notório inimigo político e conhecido por armações e criar espetáculos, para se promover”. “O que se sabe é o que referido vereador estava desesperado, por ter tentado me cassar e não ter conseguido, por não ter fundamentos legais, tampouco quórum necessário para cassação, não tendo para este prefeito nenhuma utilidade em sua renúncia ou não, sendo insignificante a sua saída da Câmara. Tudo não passou de uma simulação para criar tumulto e aparecer”, completou a nota.

Na sessão extraordinária realizada na Câmara de Cândido Mendes em 26 de junho, quatro vereadores da base do prefeito foram cassados por suposta quebra de decoro parlamentar, após uma sessão secreta aberta pelo presidente da casa legislativa, Josenilton Santos, que integra a oposição.

Segundo os vereadores, a suposta manobra foi feita para que a oposição tivesse maioria na câmara municipal para cassar o prefeito. No entanto, os vereadores cassados conseguiram um mandado de segurança na Justiça que anulou a cassação e os reconduziu aos cargos.

Com informações do O Tempo