VÍDEO: Ciclone arranca telhados e derruba árvores no RS
Com ventos que superaram 100 km/h

Nesta quinta-feira (24), o Rio Grande do Sul enfrentou fortes tempestades provocadas por um ciclone extratropical que se formou entre o Uruguai e a Região da Fronteira. O fenômeno causou danos em diversas cidades do estado, com ventos que superaram 100 km/h em algumas áreas.
Em São Francisco de Assis, os ventos intensos arrancaram o telhado de um galpão de uma cooperativa agrícola, mas, segundo o agrônomo Frederico Scherer, não houve feridos. Já em Santa Maria, os ventos atingiram 104 km/h na Base Aérea, derrubando árvores pela cidade. Além disso, o Hospital Casa de Saúde e a UPA 24 Horas sofreram alagamentos, afetando suas estruturas e serviços.
Cacequi foi fortemente atingida, com a destruição da cobertura de um depósito de calcário na ERS-640. Em Rosário do Sul, moradores de alguns bairros ficaram sem energia elétrica devido à força dos ventos. A Defesa Civil do estado ainda não divulgou um balanço completo dos danos.
Em Porto Alegre, os ventos chegaram a 83 km/h, causando a queda de árvores em vários bairros, como Cavalhada, Bela Vista e Auxiliadora. Árvores caíram na Rua da Prudência e na Avenida Vicente Monteggia, bloqueando parcialmente o trânsito, enquanto fios caídos prejudicaram a mobilidade no cruzamento das avenidas Sertório e Assis Brasil.
A orla do Guaíba também foi afetada, com banheiros químicos arrastados da calçada para o meio da Avenida Edvaldo Pereira Paiva, evidenciando a força do ciclone.
Para proteger alunos e funcionários, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) decidiu suspender todas as atividades presenciais a partir do meio-dia, incluindo as unidades do Colégio de Aplicação e o Campus Litoral Norte.
Na Região Metropolitana, Canoas registrou ventos de 85 km/h, enquanto em Igrejinha, a cerca de 93 km de Porto Alegre, foram relatados destelhamentos em várias residências. Em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, uma árvore caiu sobre o estacionamento de uma farmácia na esquina das ruas Bento Gonçalves e Visconde de Pelotas.
A Climatempo alerta que, ao se deslocar para o oceano, o ciclone pode gerar uma nova frente fria, aumentando o risco de granizo e ventos de até 100 km/h em áreas isoladas. O meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), destacou a gravidade da situação, afirmando que "esse é o cenário mais grave. Elevamos novamente o aviso para nível vermelho com tempestades, podendo o vento superar os 100 km/h em diversas áreas do estado."
As previsões indicam que o ciclone deverá provocar ventos de até 85 km/h na faixa leste do estado, enquanto as regiões das Missões, Fronteira Oeste, Campanha e Sul também poderão ser afetadas, com ventos que podem alcançar 70 km/h.
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