Política

VÍDEO- ajoelhada mulher diz a Lula: ‘Nosso povo está morrendo’

Ela é Rosemeire dos Santos Silva representante do Quilombo do Rio dos Macacos


Foto: DivulgaçãoLula e Rose Meire
Lula e Rose Meire

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se emocionou na noite desta quinta-feira (11) durante o lançamento da Lei Paulo Gustavo, que prevê um repasse de R$ 3,8 bilhões para a Cultura, em Salvador (BA).

Enquanto discursava, uma mulher da plateia tentava entregar um papel ao petista, que pediu para ela subir no palco. Desesperada, ela disse que o povo “está morrendo”. “A mulher está morrendo, Lula, nosso povo está morrendo. Lula, pelo amor de Deus”, alegou.

Emocionado, Lula falou sobre os brasileiros que se encontram em condições de extrema pobreza no Brasil. “Essa mulher representa um pouco daquilo que passa o povo brasileiro”, disse o petista.

“Me parece que o destino nos jogou uma praga de gafanhoto, em apenas quatro anos destruíram tudo que fizemos, o país gerou mulheres como essa, desesperada. 30 milhões voltaram a passar fome, outros milhões exigem proteínas suficientes. Voltei para gente fazer mais e melhor”, declarou.

Após o evento, o Quilombo Rio dos Macacos disse que Rosemeire dos Santos Silva, a mulher que abraçou lula, é sua representante. O ofício que ela entregou é sobre a situação da comunidade, que precisa de demarcação e sofre com acesso à água e falta de saneamento básico.

A mulher que subiu ao palco de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (11) se chama Rose Meire dos Santos Silva e é líder do Quilombo Rio dos Macacos. A ativista chamou a atenção do presidente para entregar um documento que ele assinou e deu como recebido.

“A comunidade Quilombo Rio dos Macacos atualmente vem enfrentando diversas dificuldades, como a falta de políticas públicas: saneamento básico, estrada, moradia, educação, iluminação públicas, e água encanada/potável”, diz o papel.

Outras denúncias também foram feitas na oportunidade, como violência, estupros e torturas. Além disso, a folha abordou a questão das estradas, já que a falta das vias dificulta a ida de crianças à escola e o acesso à saúde: “O governo estadual deu início a obras através de uma empresa terceira que está muito lenta, ocorre diversos atrasos se coisas mal feitas”.

De acordo com informações da Fiocruz divulgadas pelo UOL, o território do Quilombo dos Macacos é “ocupado há mais de 200 anos por cerca de 450 famílias” e fica entre as cidades de Simões Filho e Salvador. O local ainda sofre com falta de assistência social, questões de saúde, educação, pesca e cultivo.

Em 2014, Rose Meire falou sobre um conflito entre o quilombo e a Marinha, que começou na década de 1960. Na Comissão Estadual da Verdade na Bahia, ela contou que seu sobrinho foi espancado por policiais, que o acusaram de cometer um assalto: “O militar disse que ia levar [para a delegacia], se não iam matá-lo. Falaram que era para levar e dar fim”.

Siga nas redes sociais

Deixe sua opinião: