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Veja aqui um resumão da entrevista coletiva de Lula

Presidente falou à imprensa no dia de hoje


Veja aqui um resumão da entrevista coletiva de Lula
Lula concede entrevista coletiva

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu nesta quinta-feira (30) uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, abordando temas como sua popularidade, economia, alianças políticas e desafios do governo. Apesar da queda na avaliação positiva de seu governo, conforme revelado pela primeira pesquisa Genial/Quaest de 2025, Lula afirmou que não se preocupa com os números e que pesquisas servem para orientar ajustes, não para gerar inquietação.

A pesquisa indicou que a avaliação positiva do governo caiu de 52% para 47%, enquanto a reprovação subiu de 31% para 37%. O levantamento, realizado entre os dias 23 e 26 de janeiro com 4,5 mil entrevistas presenciais, também apontou que 50% dos entrevistados acreditam que o país está indo na direção errada, contra 39% que pensam o contrário.

Economia e polêmica do PIX impactam percepção

A regulamentação do PIX foi apontada como o maior erro do governo, com 66% dos entrevistados considerando que o governo errou na condução do episódio. Por outro lado, o aumento do Bolsa Família foi destacado como a melhor medida da gestão, recebendo 7% das menções.

Apesar disso, Lula se mostrou confiante na direção de seu governo. "Eu deixei a Presidência em 2010 com 87% de 'bom' e 'ótimo', eu tenho consciência do que estamos fazendo", afirmou. O presidente destacou a implantação do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê investimentos de R$ 1,8 trilhão em infraestrutura, geração de empregos e desenvolvimento econômico.

Defesa de Haddad e alianças eleitorais

Lula também abordou as críticas do presidente do PSD, Gilberto Kassab, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Kassab chamou Haddad de "fraco" e afirmou que ele não consegue comandar a economia do país. Lula rebateu as críticas, defendendo o ministro e destacando sua atuação na condução da PEC da Transição e da reforma tributária.

"Acho que Kassab foi injusto. Haddad coordenou a PEC da Transição em um parlamento adverso e liderou a aprovação da reforma tributária, algo histórico no Brasil", disse Lula. Sobre as eleições de 2026, o presidente afirmou que ainda é cedo para tratar do tema. "Meu foco é fazer de 2025 um ano de colheita política, de entrega de obras e inclusão social."

Taxa Selic e autonomia do Banco Central

Lula comentou sobre a alta da taxa Selic anunciada pelo Banco Central e disse que já esperava a decisão. Ele reafirmou a autonomia do presidente do BC, Gabriel Galípolo, e destacou que a política monetária precisa ser conduzida com estabilidade. "Em um país do tamanho do Brasil, não se pode dar um cavalo-de-pau na economia. Tenho 100% de confiança no trabalho do presidente do Banco Central", declarou.

Diesel e relação com caminhoneiros

O presidente negou que tenha autorizado aumento no preço do diesel e esclareceu que a Petrobras tem autonomia para definir reajustes. "Desde meu primeiro mandato, aprendi que quem autoriza aumento de combustível é a Petrobras, não o presidente", explicou. Segundo Lula, o reajuste da Petrobras manterá o preço abaixo do patamar de dezembro de 2022.

Sobre possíveis protestos de caminhoneiros, Lula afirmou que sua postura será de diálogo. "Se houver mobilização, vamos conversar. O caminhoneiro precisa saber a verdade: hoje o diesel, a gasolina e o gás de cozinha estão mais baratos do que em dezembro de 2022."

2025: o ano decisivo

Lula declarou que considera 2025 o ano mais importante de seu mandato, destacando a "grande colheita" dos investimentos feitos nos últimos dois anos. "Quando assumimos, sabíamos que o país estava desmontado. Agora estamos reconstruindo, com crescimento sustentável e distribuição de renda", afirmou.

O presidente também prometeu intensificar suas viagens pelo país para dialogar com a população. "Estou pronto para percorrer o Brasil e estabelecer uma conversa verdadeira com o povo", disse.

COP 30 e compromisso ambiental

Por fim, Lula reforçou a importância da COP 30, que será realizada em Belém. Ele criticou a falta de cumprimento dos acordos climáticos por parte das grandes potências e defendeu um compromisso real com a transição energética. "A COP 30 será um marco para definir o futuro do planeta. Precisamos discutir o clima com seriedade", concluiu o presidente.

Donald Trump

Veja o que Lula falou sobre o presidente norte-americano aqui: Lula diz que taxará produtos dos EUA se Trump cumprir ameaça

Veja a íntegra da entrevista aqui: 


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