Tarifas de Trump sobre aço e alumínio entram em vigor hoje; Lula marca reunião
Governo Lula avalia impacto e busca alternativas, mantendo diálogo com os EUA

Com a entrada em vigor, à meia-noite desta quarta-feira (12), da taxação de 25% sobre o aço e o alumínio brasileiros, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o governo Lula (PT) convocou uma reunião para avaliar os impactos da medida e discutir estratégias.
A decisão afeta diretamente o setor siderúrgico de grandes parceiros comerciais dos EUA, como Canadá e México, além do Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço para o mercado norte-americano.
O encontro contará com a participação de representantes do Palácio do Planalto, do Ministério da Indústria e do Itamaraty, com o objetivo de analisar o cenário e buscar alternativas. Autoridades do governo destacam que há um diálogo contínuo com os EUA para tentar minimizar os efeitos da taxação.
“Reação cautelosa”
Diplomatas e técnicos envolvidos nas negociações defendem uma resposta estratégica e prudente por parte do Brasil, evitando retaliações que possam piorar a situação, mas sem abrir mão de uma posição firme, segundo informações do blog do Camarotti, do G1.
“Não podemos escalar, mas também não podemos abrir mão da reciprocidade”, afirmou um interlocutor do governo, destacando a necessidade de um equilíbrio nas ações. Outro participante das negociações comparou a situação a um jogo de tabuleiro, enfatizando a importância de manter o respeito dos EUA no comércio bilateral. “O Brasil não pode deixar os americanos perderem o respeito”, declarou.
Na semana passada, o vice-presidente Geraldo Alckmin, em nome do governo Lula, se reuniu com representantes do Departamento de Comércio de Trump na tentativa de adiar a taxação sobre o aço e o alumínio brasileiros.
Contudo, a decisão do governo norte-americano revoga o acordo firmado em 2018, durante o primeiro mandato de Trump, que estabelecia cotas para a exportação desses produtos ao mercado dos EUA.
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