Política

"Se Saúde não responder até dia 5, vamos vender CoronaVac aos estados", diz Doria

Governador fez novo ultimato ao Ministério da Saúde, cobrando uma resposta sobre a compra da vacina

  • sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Foto: Divulgação/Governo do Estado de São PauloJoão Doria
João Doria

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez mais um ultimato ao Ministério da Saúde hoje. Em entrevista coletiva, o tucano afirmou que, se o governo federal não der uma resposta até o próximo dia 5 de fevereiro se vai comprar ou não 54 milhões de doses da CoronaVac, o Instituto Butantan negociará o imunizante diretamente com governadores e prefeitos brasileiros.

Para reforçar a pressão, Doria listou o nome de governantes que já manifestaram interesse em comprar as vacinas e chegou a exibir um depoimento do prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), que falou sobre a intenção de vacinar toda a população da capital paranaense.

Logo após Doria se manifestar, o presidente do Butantan, Dimas Covas, afirmou que recebeu um alerta do ministério informando que a assinatura da compra dos 55 milhões de doses ocorrerá até terça (2).

"Com todo esse apoio que recebemos e manifestações ao próprio STF (Supremo Tribunal Federal), hoje, alguns minutos atrás, recebi comunicação de a pessoa responsável pelo departamento de logística [do Ministério] avisando que contrato será assinado na terça-feira da próxima semana. É uma boa notícia e esperamos que se concretize", disse Covas.

Desde a última segunda-feira, o governo de São Paulo tem pressionado o governo federal à espera de uma resposta, e chegou a ameaçar que o Instituto Butantan venderia as doses para outros países. Na quarta-feira, membros do governo passaram a mudar o tom, informando que a negociação seria com estados e municípios.

Sobre a mudança de tom, Covas afirmou hoje que a exportação não vai interferir na negociação interna, e que se tratam de acordos diferentes e que não competem entre si.

"Houve confusão na última coletiva. O abastecimento desses países é um contrato entre Sinovac, Butantan e países. É adicional ao quantitativo de doses que se disponibiliza para o Brasil. A Sinovac disponibilizou doses prontas, que serão liberadas assim que assinarem o contrato. Isso não é competitivo com vacinação no Brasil", disse ele.

"Nós vamos continuar fazendo essa intermediação. Alguns países conseguiram interlocução direta, como foi caso do Paraguai e Colômbia", finalizou.

Veja a coletiva na íntegra:

Com informações do UOL

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