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Porto Piauí se prepara para iniciar operações com fertilizante marinho ainda em 2025

O Porto Piauí começa, ainda neste ano de 2025, a receber carga e descarga de fertilizante marinho, dando início às operações comerciais no terminal marítimo do litoral piauiense. Recém-concluído, o cais multipropósito de 150 metros de comprimento passa pe

  • quarta-feira, 9 de julho de 2025
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O Porto Piauí começa, ainda neste ano de 2025, a receber carga e descarga de fertilizante marinho, dando início às operações comerciais no terminal marítimo do litoral piauiense. Recém-concluído, o cais multipropósito de 150 metros de comprimento passa pelos ajustes finais de homologação junto à Marinha, à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e à Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Semarh).

Com a finalização dessa etapa, o terminal estará liberado para receber as embarcações. A expectativa da direção da Porto Piauí, a empresa que administra o Porto, é que as operações com fertilizante marinho comecem dentro de três a quatro meses.

O fertilizante marinho é um sedimento natural rico em cálcio, fósforo e magnésio, encontrado no fundo do mar. Retirado e transportado para o porto, ele é triturado e pode ser aplicado diretamente no solo agrícola sem necessidade de processamento químico, o que o torna bem mais em conta comparado ao calcário e a outros fertilizantes utilizados na agricultura. Pode também ser utilizado nas indústrias farmacêuticas e de cosméticos.

(Foto: Ascom Porto Piauí)

Segundo o presidente da Companhia Porto Piauí, Raimundo Dias, três empresas já apresentaram projetos de exploração e desembarque do fertilizante marinho. Uma delas opera hoje no Maranhão e pretende expandir suas atividades para o litoral piauiense. As outras duas estão em fase de licenciamento.

“A expectativa é iniciar as primeiras descargas no último trimestre deste ano. Estudos apontam uma reserva aproximada de 2 bilhões de toneladas do fertilizante na costa do Estado, um volume capaz de atender, por muitos anos, à demanda do agronegócio regional e ainda abastecer novas rotas industriais, como os setores de cosméticos e farmacêutico”, ressalta.

O modelo operacional prevê a coleta do sedimento por embarcações de pequeno porte a poucas milhas da costa. Depois, o material será descarregado no cais e seguirá, por caminhão, para processamento inicial. Uma das empresas planeja instalar a etapa de moagem dentro da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Parnaíba, agregando valor antes de distribuir o material a produtores do Matopiba, região que concentra os polos de produção de grãos do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

(Foto: Ascom Porto Piauí)

Emprego, renda e oportunidades de negócios

A operação do fertilizante marinho traz uma série de benefícios para o Estado. Ao substituir parte dos fertilizantes importados, diminui custos logísticos das lavouras e amplia a arrecadação de ICMS. Também diversifica as cargas do Porto e inicia uma frente de negócios ligada à chamada economia azul, com geração estimada de 200 empregos diretos na fase inicial.

Com a obra do cais concluída e o canal de navegação já dragado, a Porto Piauí dedica-se agora à instalação das boias de sinalização e ao fechamento dos últimos licenciamentos ambientais.
“Estamos prontos para colocar o Piauí no mapa da produção nacional de fertilizantes naturais. É mais competitividade para o campo e mais desenvolvimento para o nosso litoral”, observa o presidente da Porto Piauí.

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