Política

Piauí é referência no combate à pobreza

Foi um dos estados que mais avançaram na redução da pobreza. Dados ajudam debates da Aliança Global no G20


Foto: ReproduçãoPiauí é referência no combate à pobreza
Piauí é referência no combate à pobreza

Um estudo realizado por Vitor Hugo Miro Couto Silva, doutor em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), aponta o Piauí como exemplo no combate à pobreza. A pesquisa " Redução da pobreza no Piauí: contabilizando a contribuição de seus determinantes imediatos " mostra os avanços do Piauí no combate à desigualdade.

O documento destaca o progresso em termos de redução da pobreza no Brasil nos últimos anos, principalmente a partir de 2004, segundo ano do primeiro governo de Lula. Naquele ano, aproximadamente 26% da população brasileira era qualificada como pobre, uma proporção que representava quase 50 milhões de pessoas. Em 2014, a proporção de pobres estimada era de pouco mais de 10%, indicando ainda uma magnitude de mais de 21 milhões de pessoas em condição de pobreza.

Dentre os estados da região Nordeste, reconhecidamente a mais pobre do país, o Piauí foi uma das unidades da federação que mais avançaram na redução da quantidade de pessoas vivendo em situação de pobreza. No estado, a proporção de pessoas vivendo em domicílios (famílias) pobres diminuiu em mais de 50% entre os anos de 2004 e 2014.

Em números absolutos, em 2004, era mais de 1,3 milhão de pessoas em condição de pobreza no estado e, em 2014, esse número foi de aproximadamente 570 mil pessoas.

A proporção de pobres no Piauí foi reduzida em quase 30 pontos percentuais de, aproximadamente, 46% em 2004 para cerca de 18% em 2014.

G20 e Aliança Global

Políticas públicas bem-sucedidas de insegurança alimentar e e diminuição da pobreza, baseadas em evidências como a do Piauí, estão sendo debatidas no âmbito da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza no G20. A ideia de formar uma Aliança é uma iniciativa do presidente Lula, que começou a ser trabalhada quando o Brasil assumiu a chefia do G20 em Nova Delhi, na Índia, no ano passado. A proposta é oferecer uma cesta de experiências exitosas de diversos países a outras nações que queiram adaptar e implementar essas políticas públicas em seus territórios.

Aberta a todos os países, a Aliança Global visa estabelecer um mecanismo prático para mobilizar recursos financeiros e conhecimento de onde são mais abundantes e canalizá-los para onde são mais necessários, apoiando a implementação e a ampliação da escala de ações, políticas e programas em âmbito nacional. Entre os objetivos, estão os de evitar a duplicação de esforços e de dar o impulso político necessário para mobilizar os fundos e mecanismos existentes e melhor organizá-los em torno de dois princípios:  o foco nos mais pobres e vulneráveis, e a implementação consistente de políticas nacionais.

Entre 22 e 24 de maio, a  força-tarefa montada para consolidar essa iniciativa terá sua segunda reunião presencial, com a participação de 52 delegações internacionais, com objetivo de consolidar os instrumentos fundadores da Aliança Global . A expectativa é que a Aliança seja lançada no fim do ano, durante a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.

Com informações do MDS

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