O Papa Francisco, conhecido por rejeitar o luxo e a pompa associados ao papado, definiu como deseja ser sepultado. Em um novo rito formal divulgado nesta quarta-feira pelo Vaticano, foi confirmado que Francisco será enterrado em um simples caixão de madeira revestido com zinco, rompendo com uma tradição de séculos.

Tradicionalmente, papas falecidos são sepultados em três caixões interligados, feitos de cipreste, chumbo e carvalho. Francisco, porém, optou por uma cerimônia mais modesta e simplificada. Além disso, o corpo do pontífice não será exposto em uma plataforma elevada na Basílica de São Pedro, como ocorreu com seus antecessores. Ainda será possível aos fiéis prestar suas homenagens, mas o corpo estará dentro do caixão com a tampa aberta.

A decisão reflete o desejo do Papa, que completará 88 anos em 17 de dezembro, de simplificar os ritos funerários. Apesar de enfrentar problemas de saúde, como dores no joelho e nas costas que o levaram a usar uma cadeira de rodas, Francisco segue ativo. Este ano, realizou viagens extenuantes e presidiu uma cúpula importante no Vaticano.

Outro gesto simbólico de Francisco será o local de seu descanso final. Ele será o primeiro papa, em mais de um século, a ser enterrado fora do Vaticano. Seu desejo é repousar na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, um local de devoção especial para ele, onde reza antes e depois de suas viagens ao exterior.

O último papa sepultado fora do Vaticano foi Leão XIII, em 1903, na Basílica de São João de Latrão. O uso de três caixões no sepultamento papal tinha como objetivo garantir a proteção do corpo e preservar documentos ou objetos simbólicos colocados junto ao falecido. No entanto, Francisco parece determinado a deixar como legado um funeral mais alinhado à sua visão de humildade e simplicidade.

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