Política

O homem está se mexendo. Ele vem aí, e, de "caravana"

A ofensiva de Boulos se materializa na caravana intitulada “Organizar o Contra-Ataque”


X e Ricardo Stuckerd O homem está se mexendo. Ele vem aí, e, de "caravana"
A ofensiva de Boulos se materializa na caravana intitulada “Organizar o Contra-Ataque”

O jornalista Oscar de Barros, editor do site pensarpiaui, vem sustentando, há algum tempo, a análise de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende indicar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como seu sucessor na disputa presidencial de 2030. De acordo com Barros, essa hipótese ganha força dia após dia. Recentemente ele publicou um vídeo no canal do pensarpiaui no YouTube, no qual afirma categoricamente: Boulos será o escolhido de Lula para dar continuidade ao projeto político petista.

Segundo Oscar de Barros, o movimento de Boulos para abdicar de uma reeleição praticamente garantida para a Câmara dos Deputados, visando assumir um cargo estratégico no atual governo, seria um indicativo claro desse plano sucessório. O jornalista destaca que a intenção inicial seria que Boulos integrasse a Secretaria-Geral da Presidência da República, acumulando experiência administrativa e política no núcleo duro do governo, para, num eventual quarto mandato de Lula, ocupar uma posição ainda mais relevante — que o credencie definitivamente à candidatura presidencial.

Hoje, novas informações reforçaram essa análise. A imprensa divulgou que Guilherme Boulos está organizando uma ofensiva nacional para enfrentar a extrema direita. Para Oscar de Barros, essa mobilização não é fruto exclusivo da articulação pessoal de Boulos e sua equipe, mas está sendo concebida em sintonia com o Palácio do Planalto. “Esse plano é maior do que o gabinete do deputado. Ele faz parte de uma estratégia nacional que visa preparar Boulos não só para o enfrentamento político imediato, mas para consolidá-lo como liderança nacional para o futuro”, avalia o jornalista.

A Caravana “Organizar o Contra-Ataque”

A ofensiva de Boulos se materializa na caravana intitulada “Organizar o Contra-Ataque”, que teve início nesta quinta-feira (5), por cidades do interior de São Paulo, e que até agosto pretende percorrer 15 estados. O objetivo declarado é construir uma resposta articulada e popular à ofensiva da extrema direita no país.

A primeira parada aconteceu em São José do Rio Preto, onde Boulos participou de encontros com estudantes, ativistas culturais e militantes de esquerda. “Temos de agir desde já para enfrentar a ofensiva da extrema direita, sair da defensiva e contra-atacar”, declarou o deputado.

A iniciativa surge em um cenário de intensa disputa nas redes sociais e nas ruas, onde, segundo avaliações de lideranças progressistas, a extrema direita mantém vantagem comunicacional e mobilizatória. A caravana busca justamente reverter esse quadro, fortalecendo a presença das esquerdas em todo o território nacional.

“Ora, a direita já está se mexendo para 2026 – e a gente não vai ficar parado. Eu vou viajar o Brasil, fortalecendo a luta com a nossa militância em cada canto do país para construir o nosso contra-ataque. Começo por São Paulo agora em junho e depois sigo por mais 15 estados. Quero encontrar todo mundo nesse giro. Pra cima!”, afirmou Boulos.

Ainda em junho, a rota do deputado incluirá as cidades paulistas de São Carlos, Campinas, Araraquara e Taboão da Serra. Depois, a mobilização será nacional, com atividades programadas em todas as regiões do país.

Uma articulação pensada no Planalto?

Para Oscar de Barros, essa movimentação de Boulos não é casual e tampouco isolada. “Está em curso um projeto estratégico que envolve o Planalto, visando preparar uma nova liderança nacional de esquerda, com capilaridade social, inserção nos movimentos populares e trânsito institucional. Boulos, que combina trajetória nos movimentos sociais, desempenho eleitoral expressivo e capacidade de diálogo institucional, aparece como o nome mais preparado para herdar esse legado", aponta.

Segundo Oscar, a trajetória que se desenha para o deputado paulista — de figura central no governo Lula, posteriormente candidato à presidência — é a peça central de uma engrenagem pensada desde agora, com vistas a 2030.

“Essa análise não é um palpite, mas uma leitura baseada nos sinais que o próprio governo e o entorno de Boulos vêm emitindo”, conclui o jornalista.

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