Morre Vladimir Carvalho, ícone do cinema documental brasileiro
Com uma carreira de mais de cinco décadas, o cineasta era conhecido por retratar a política e a realidade brasileiras
Vladimir Carvalho, um dos ícones do cinema documental brasileiro, faleceu nesta quinta-feira (24), em Brasília, aos 89 anos, conforme informou a Folha de S. Paulo. O cineasta sofreu um infarto após complicações renais e, apesar de ter sido submetido a hemodiálise, não conseguiu se recuperar. A família confirmou a triste notícia. Carvalho era amplamente reconhecido por suas obras que exploravam a política e a realidade do Brasil.
Com uma trajetória de mais de cinquenta anos, ele deixou um legado de documentários marcantes, incluindo "O País de São Saruê" (1971), que aborda os desafios da seca no sertão da Paraíba, e "Barra 68: Sem Perder a Ternura" (2001), que relata a repressão militar na Universidade de Brasília. Outro destaque de sua carreira é "Rock Brasília: Era de Ouro" (2011), que explora o surgimento das bandas de rock na capital federal.
Nascido em Itabaiana, na Paraíba, Carvalho iniciou sua jornada no cinema na década de 1960. Trabalhou ao lado de renomados cineastas, incluindo Eduardo Coutinho, com quem colaborou como assistente de direção no clássico "Cabra Marcado para Morrer". Além de cineasta, foi professor na Universidade de Brasília e um dos fundadores da Associação Brasileira de Documentaristas.
Ele também criou a Fundação Cinememória, onde preservou um vasto acervo de suas obras, roteiros e registros cinematográficos. Sua dedicação ao cinema nacional foi amplamente reconhecida, com prêmios e homenagens ao longo de sua carreira, consolidando sua posição como um dos principais documentaristas do Brasil.
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