Lula resiste ao Congresso e defende justiça fiscal
Após derrota, presidente avalia recorrer ao STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não ceder à pressão do Congresso Nacional após a revogação do decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), medida considerada essencial pelo governo para promover a justiça social. A informação foi publicada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
A derrota, ocorrida na última terça-feira (25), é vista pelo Planalto como mais do que uma disputa política. Para o governo, trata-se de uma articulação de setores econômicos representados no Legislativo que visam minar a capacidade de investimento do Executivo e desgastar Lula rumo às eleições de 2026.
Contrariando expectativas de recuo, o presidente deu sinal verde para que o governo avalie a possibilidade de contestar a decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério da Fazenda já analisa juridicamente a medida.
Segundo aliados próximos, Lula manteve-se tranquilo após o revés e vê no episódio uma chance de intensificar o debate público sobre desigualdade social e o papel da elite econômica na resistência a uma carga tributária mais equitativa.
A avaliação no governo é que esse confronto entre interesses dos mais ricos e políticas voltadas à maioria favorece a narrativa do PT, reforçando o discurso por justiça fiscal — um dos pilares da reforma tributária em discussão.
Para Lula, transformar esse embate em um instrumento de mobilização popular pode ser decisivo no cenário político que já se projeta para 2026.
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