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Lula reforça estoques de alimentos para conter inflação

Medida visa estabilizar preços de itens essenciais e apoiar produtores rurais


Reprodução Lula reforça estoques de alimentos para conter inflação
Lula reforça estoques de alimentos para conter inflação

Em resposta à alta dos preços dos alimentos que compõem a cesta básica, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está implementando um conjunto de ações para garantir a oferta e estabilizar os valores dos produtos essenciais no mercado interno. A estratégia envolve a criação de estoques reguladores de arroz, milho e trigo, além de direcionamento de recursos para financiar os produtores e ajustes nas tarifas de importação.

A iniciativa está sendo conduzida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que prevê um investimento de cerca de R$ 1 bilhão na compra desses grãos. A secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli de Oliveira, destacou que medidas como controle de preços ou alteração na validade dos produtos estão descartadas. Ela atribui a alta dos alimentos a fatores externos e climáticos, mas acredita que a situação se estabilizará em breve.

"Neste ano, teremos uma safra recorde. Com o aumento do volume do Plano Safra, a redução de juros para o financiamento da produção de alimentos da cesta básica e o retorno da política de estoques, já alcançamos a menor inflação de alimentos em 2023. O aumento de preços observado em 2024 foi causado pela alta dos preços internacionais das commodities e pelas perdas de safra devido a eventos climáticos extremos. Agora, com a queda do dólar e o aumento da produção, o preço dos alimentos se estabilizará. Teremos uma inflação de alimentos muito abaixo da média dos anos anteriores ao governo Lula", afirmou Fernanda de Oliveira.

A compra de arroz para formar os estoques deve ser concluída até julho de 2025, com um investimento inicial de R$ 1 bilhão. Esse contrato foi estruturado após as enchentes no Rio Grande do Sul, e a expectativa é que o preço do arroz caia consideravelmente no segundo semestre.

Além do arroz, o governo pretende usar contratos de opção para o milho e está avaliando a viabilidade para o trigo. A compra de milho dependerá da queda dos preços do grão, enquanto a inclusão do trigo requer mais estudos, já que esse produto é sensível a fatores climáticos e demanda grande irrigação. O Brasil atualmente é um importador de trigo, o que pode dificultar sua inclusão na política de estoques.

Simultaneamente, o governo está elaborando um plano para redirecionar créditos aos produtores de alimentos da cesta básica. A ideia é alocar recursos federais no Banco do Brasil, facilitando o acesso a financiamentos mais acessíveis para os agricultores.

Outra mudança em análise é o fim das bandeiras do vale-alimentação, que atualmente limitam os estabelecimentos onde o benefício pode ser utilizado. O governo argumenta que essas bandeiras retêm entre 6% e 12% do valor do benefício, encarecendo os preços para o consumidor final.

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), reconheceu o impacto da inflação dos alimentos e afirmou que o governo está tratando o assunto como prioridade. Segundo ele, a alta dos preços se intensificou nos últimos quatro meses devido à valorização do dólar e a uma seca severa no Brasil.

"O setor agropecuário é exportador. Quando os preços aumentam lá fora, os preços também sobem aqui. O presidente Lula está reativando os estoques reguladores para conter essa alta. A Conab cria estoques de arroz e feijão e, quando os preços disparam, libera esses produtos no mercado", explicou Farias.

Ele assegurou que o governo federal continuará agindo para reduzir o impacto da inflação sobre a população. "Lula tem um compromisso imenso com os mais pobres. Ele só vai dormir tranquilo quando colocar essa inflação de alimentos e da carne nos devidos níveis", concluiu.

Com essas ações, o governo Lula busca não só conter a inflação dos alimentos, mas também garantir a segurança alimentar da população brasileira, especialmente das camadas mais vulneráveis.

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