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Líder supremo do Irã rompe o silêncio após ataque dos EUA

Governo iraniano não descarta atacar bases militares dos EUA após bombardeio ordenado por Donald Trump


ATTA KENARE / AFP Líder supremo do Irã rompe o silêncio após ataque dos EUA
Ali Khamenei

O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, fez neste domingo (23) sua primeira declaração pública desde a ofensiva militar dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas. Em uma publicação nas redes sociais, ele afirmou que Israel está sendo "punido" por seus atos, acompanhando o texto com a imagem de edifícios em chamas sob um crânio estampado com a Estrela de Davi.

“A punição continua. O inimigo sionista cometeu um grande erro, cometeu um grande crime; ele deve ser punido e está sendo punido — está sendo punido agora mesmo”, escreveu Khamenei.

A manifestação ocorre dois dias após os EUA, sob ordem do presidente Donald Trump, lançarem a Operação Martelo da Meia-Noite, que bombardeou as instalações nucleares de Fordow, Isfahan e Natanz. Segundo o Pentágono, o ataque causou danos severos ao programa nuclear iraniano.

Irã reage com mísseis e ameaça fechar o Estreito de Ormuz

A resposta de Teerã foi rápida. Mísseis iranianos atingiram alvos em território israelense, incluindo o aeroporto internacional Ben Gurion, deixando pelo menos 23 feridos. Em contrapartida, ofensivas de Israel no centro do Irã mataram nove membros da Guarda Revolucionária e três civis, atingidos em um ataque a uma ambulância. O Ministério da Saúde iraniano já contabiliza mais de 400 mortos desde o início da escalada militar.

Neste domingo, o Parlamento iraniano aprovou uma medida para fechar o Estreito de Ormuz, passagem estratégica para o comércio global de petróleo. A decisão ainda precisa do aval do Conselho Supremo de Segurança Nacional e do próprio Khamenei. A tensão provocou uma alta imediata de 4% nos preços do petróleo nos mercados asiáticos.

O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, declarou que os Estados Unidos “responderão por sua agressão”. Já Ali Akbar Velayati, conselheiro de Khamenei, advertiu que “as bases americanas na região são um alvo legítimo”.

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