Inflação prévia desacelera em junho com queda nos alimentos e gasolina

A prévia da inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA-15, desacelerou para 0,26% em junho, após registrar 0,36% em maio. É a quarta queda consecutiva do indicador, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo IBGE. A principal contribuição para o recuo veio do grupo Alimentação e Bebidas, que caiu 0,02% após nove meses de alta, aliviando o bolso do consumidor com quedas expressivas em itens como tomate (-7,24%) e ovo de galinha (-6,95%).

Apesar do respiro nos alimentos, o grupo Habitação pressionou o índice com alta de 1,08%, impulsionado pela elevação de 3,29% na conta de luz, reflexo da volta da bandeira tarifária vermelha patamar 1 e reajustes em cidades como Belo Horizonte, Recife e Salvador.

Outros grupos também contribuíram para o resultado: Vestuário subiu 0,51%, com destaque para roupas femininas (0,66%) e calçados (0,49%), enquanto Saúde e cuidados pessoais (0,29%) foi puxado por aumentos nos planos de saúde (0,57%). No grupo Transportes (0,06%), o avanço nas passagens de ônibus urbanos (1,39%) foi compensado por queda nos combustíveis, com destaque para o óleo diesel (-1,74%) e etanol (-1,66%).

A alimentação no domicílio caiu 0,24%, enquanto a alimentação fora do lar subiu 0,55%, mostrando desaceleração frente a maio (0,63%).

Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 5,27% em 12 meses, abaixo dos 5,40% registrados no período anterior. Já o IPCA-E, a versão trimestral do indicador, ficou em 1,05%.

Entre as regiões pesquisadas, Recife teve a maior alta (0,66%), influenciada pela energia elétrica (4,58%) e gasolina (3,44%). Já Porto Alegre registrou deflação de 0,10%, impactada pela queda no preço do tomate e da gasolina.

A próxima divulgação do IPCA-15, referente a julho, está prevista para o dia 25 do próximo mês.

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