#ForaBolsonaro, é amanhã o grande dia
Esquerda democrática e direita liberal se unem pelo Fora Bolsonaro neste sábado

RBA- A Campanha Fora Bolsonaro confirmou a realização de 260 atos pelo Fora Bolsonaro neste sábado (2). As manifestações pelo impeachment do atual presidente ocorrerão em 256 cidades do Brasil e de outros 15 países. Em São Paulo, o ato nacional deve reunir representantes de 21 partidos, simbolizando a unidade entre esquerda democrática e a direita liberal. Além disso, 10 centrais sindicais e ampla gama de movimentos sociais que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também participam.
Para o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim, a união entre a esquerda democrática e a direita liberal não significa que as diferenças políticas foram apagadas. Mas o somatório de forças é “fundamental”, segundo ele, para pressionar pela abertura do processo de impeachment contra Bolsonaro.
No primeiro grupo, constam partidos que integram o Fórum de Oposição, como PT, PCdoB, Psol, Rede, PV, Cidadania, Solidariedade, PSB e PDT. A direita não bolsonarista será representada por figuras do PSDB, DEM, MDB, PSD, Avante, Podemos, entre outras legendas.
“É importante, nesse momento, a somatória desses dois campos, porque precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment. Portanto, a unidade é fundamental”, disse Raimundo, em entrevista a Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta sexta-feira (1º). O desafio, segundo ele, é atrair para as mobilizações os cerca de 70% dos brasileiros que desaprovam o atual governo.
Ele afirmou que é fundamental intensificar a luta pela saída de Bolsonaro, “porque é impossível suportar esse governo até janeiro de 2023”. Caso o governo não seja interrompido, Raimundo prevê o aumento do desemprego, da fome e da miséria no país. Além disso, a democracia brasileira segue ameaçada.
Crimes em série
Além da crise econômica e social e dos ataques contra a democracia, Bonfim afirma que Bolsonaro comete crimes em série. A longa lista inclui de crimes de responsabilidade a delitos comuns. Passam também por crimes contra a humanidade, em função da atuação de Bolsonaro durante a pandemia, que são objetos de investigação da CPI da Covid.
Por exemplo, Raimundo definiu como “nazismo” as práticas adotadas pela Prevent Senior, realizando experimentos não consentidos pelos pacientes com medicamentos ineficazes. Em “aliança” com o governo Bolsonaro, essas práticas foram utilizadas com o intuito de evitar a interrupção das atividades econômicas.
Por outro lado, ele também citou o episódio ocorrido no Rio de Janeiro, quando pessoas se aglomeraram em torno de um caminhão para disputar ossos que eram distribuídos. “É inaceitável”, disse Raimundo, destacando que o Brasil é o quarto maior produtor mundial de alimentos. Ele também lembrou que são cerca de 15 milhões de brasileiros desempregados. Já a miséria atinge mais de 40 milhões de pessoas pelo país.
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