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Feminicídios no Piauí aumentam 17,8% em 2024, aponta estudo

O estado faz parte de uma lista de outros monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança


Reprodução Feminicídios no Piauí aumentam 17,8% em 2024, aponta estudo
Feminicídios no Piauí aumentam 17,8% em 2024, aponta estudo

Em 2024, o Piauí registrou um aumento de 17,8% nos crimes relacionados ao gênero, passando de 202 para 237 casos. A cidade de Teresina foi a que mais concentrou essas ocorrências, com 101 registros, seguida por Parnaíba, com 14. Além disso, o estado teve 57 tentativas de feminicídios e 36 feminicídios consumados.

Assim como em outras regiões, o Piauí consolidou seus dados com problemas: em 52,7% dos casos, não foi possível identificar a motivação dos crimes, e 97,2% não apresentaram informações sobre a raça ou etnia das vítimas. Esses dados são fundamentais para uma compreensão mais aprofundada do fenômeno e para direcionar políticas públicas adequadas.

De maneira geral, em 2024, a cada 17 horas, uma mulher foi morta em razão do gênero nos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança, que inclui Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. No total, foram registrados 531 feminicídios, sendo que em 75,3% dos casos os crimes foram cometidos por pessoas próximas. Quando considerados apenas parceiros e ex-parceiros, esse índice sobe para 70%.

O boletim "Elas Vivem: um caminho de luta", divulgado no dia 13 de março, apresenta esses dados e foi produzido pela Rede de Observatórios da Segurança, uma iniciativa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), com o objetivo de acompanhar políticas públicas de segurança e os fenômenos de violência em nove estados.

Segundo o estudo, a cada 24 horas, ao menos 13 mulheres foram vítimas de violência nos nove estados monitorados. O total de mulheres vitimadas foi de 4.181, o que representa um aumento de 12,4% em relação a 2023. A inclusão do Amazonas na Rede de Observatórios em janeiro de 2024 contribuiu para esse crescimento.

Apesar dos avanços nas políticas públicas de proteção às mulheres, como a criação das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), a Lei Maria da Penha e a tipificação do feminicídio como crime, a violência contra as mulheres e o feminicídio continuam a ser uma realidade alarmante no Brasil, com os números crescendo a cada ano.

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