A advogada e influenciadora Deolane Bezerra, de 36 anos, e sua mãe, Solange Alves Bezerra Santos, foram presas no dia 4 de setembro, acusadas de integrar uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro proveniente de atividades ilegais, como o jogo do bicho e apostas online. As investigações, conduzidas pela Polícia Civil de Pernambuco, revelam um esquema financeiro de grandes proporções, que também envolveria o filho de Deolane, de 17 anos. Segundo as autoridades, a conta corrente do adolescente foi usada para transações financeiras significativas. Até agora a filha de 8 anos da influenciadora não foi mencionada nas investigações.

A empresa Bezerra Publicidade e Comunicação, da qual Deolane detém 98% das cotas, está no centro das apurações. Suas irmãs, Dayanne e Daniele Bezerra Santos, possuem 1% cada uma no quadro societário. De acordo com um relatório policial, a empresa declarou um faturamento anual de R$ 500 mil, número que contrasta fortemente com os R$ 6,9 milhões movimentados entre novembro de 2022 e maio de 2023, distribuídos em 13 transações, 70% delas provenientes de uma empresa considerada peça central no esquema.

Outro ponto de destaque nas investigações é o envolvimento do filho mais velho de Deolane, flagrado recentemente dirigindo uma McLaren avaliada em R$ 2,9 milhões. A polícia descobriu que o adolescente movimentou cerca de R$ 1,4 milhão de maneira fracionada, o que indica a prática de "smurfing", uma técnica usada para disfarçar a origem ilícita do dinheiro. Na época, sua renda mensal declarada era de apenas R$ 2.000. Deolane já estava sob investigação por supostamente utilizar carros de luxo para lavar dinheiro. Um dos veículos em questão, uma Lamborghini, foi crucial para a Polícia Civil estabelecer a ligação dela com o esquema criminoso.

O alerta inicial das investigações veio de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentações suspeitas na conta de Solange. Embora a mãe de Deolane tenha declarado uma renda mensal de R$ 10 mil, sua conta registrou transações de quase R$ 480 mil em um curto período, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro por meio da aquisição de bens de luxo.

A Polícia Civil de Pernambuco continua a investigar as conexões familiares e as ramificações da organização criminosa envolvida.

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