Segurança Pública

Falso corretor de veículos é preso por golpe de R$ 2 milhões no Piauí

Depois das vendas, Bruno Marques bloqueava as vítimas e não atendia aos seus telefonemas


Reprodução Falso corretor de veículos é preso por golpe de R$ 2 milhões no Piauí
Falso corretor de veículos é preso por golpe de R$ 2 milhões no Piauí

Bruno Marques da Silva foi preso preventivamente, suspeito de aplicar golpes atuando como falso corretor de veículos em Teresina e outras cidades do Piauí. Ele é investigado por vender carros de terceiros sem repassar o valor das negociações aos verdadeiros proprietários. A estimativa é de que mais de 20 pessoas tenham sido prejudicadas, com um prejuízo total superior a R$ 2 milhões.

A investigação teve início após uma vítima relatar à polícia que entregou dois veículos a Bruno para que ele realizasse a venda. Dias depois, o suspeito devolveu apenas um dos automóveis, alegando que não havia conseguido comprador para o outro. No entanto, a vítima descobriu posteriormente que o segundo carro havia sido vendido e estava em posse de outra pessoa — sem que o valor da transação fosse repassado.

“Ele conquistava a confiança das vítimas, pegava os carros, vendia por valores muito abaixo do mercado e simplesmente desaparecia com o dinheiro. As denúncias começaram a se multiplicar em Teresina e cidades vizinhas. Diante disso, solicitamos a prisão preventiva e o bloqueio das contas bancárias do suspeito, o que foi acatado pela Justiça. Dias depois, conseguimos localizá-lo”, informou o delegado Roni Silveira, responsável pela investigação.

De acordo com a polícia, Bruno usava o atrativo dos preços baixos para facilitar as vendas, mas não honrava com os repasses aos donos dos veículos. As vítimas relataram que, após a concretização das vendas, ele passava a ignorar ligações e mensagens, bloqueando o contato com os proprietários.

“Ele sumia com o dinheiro. As vítimas registraram boletins de ocorrência e procuraram a delegacia. Queremos descobrir agora se ele agia sozinho ou se há outros envolvidos no esquema”, disse o advogado que representa parte dos prejudicados.

Durante depoimento, Bruno Marques da Silva negou as acusações e afirmou que ainda pretendia entregar os valores das vendas.

A Polícia Civil continua investigando o caso e não descarta o surgimento de novas vítimas. As contas bancárias do suspeito já foram bloqueadas por decisão judicial.

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