Segurança Pública

"Elas eram inseparáveis...e morreram juntas", diz mãe de jovem morta em SC

Quem eram as jovens que celebravam 1º emprego e foram atropeladas e mortas em SP


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Isabela Priel e Isabelli Helena morreram atropeladas

Duas jovens de 18 anos morreram na noite de quarta-feira (9) após serem atropeladas e arremessadas a mais de 50 metros na Avenida Goiás, principal via de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. O acidente ocorreu por volta das 23h, no bairro Santo Antônio, quando as vítimas atravessavam a avenida.

Imagens de câmeras de segurança mostram que as jovens iniciaram a travessia enquanto o semáforo para pedestres estava vermelho. No momento do impacto, segundo outra câmera, o sinal para veículos estava amarelo. Testemunhas relataram que o veículo que as atingiu, um Honda Civic, trafegava em alta velocidade e parecia disputar um "racha" com outro carro, um Chevrolet Onix branco.

O motorista do Civic foi identificado como Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, estudante de Direito. Ele havia saído da faculdade, localizada na região, e afirmou à polícia que trafegava entre 60 e 70 km/h, mas não soube precisar a velocidade exata. A defesa alega que o sinal estava verde para veículos e que Brendo não viu as jovens atravessando a via.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, imagens obtidas pela Polícia Civil indicam que o motorista trafegava em alta velocidade. O teste do bafômetro não apontou ingestão de álcool, mas Brendo também foi submetido a exames no Instituto Médico Legal (IML), cujo resultado ainda não foi divulgado.

Após ser ouvido na delegacia, o motorista foi detido. O caso foi registrado como homicídio com dolo eventual – quando se assume o risco de matar – devido à conduta considerada de altíssima periculosidade em via pública.

Uma testemunha ouvida pela polícia relatou que foi ultrapassada pelo Honda Civic em alta velocidade. Minutos depois, viu o mesmo carro emparelhar com o Onix num semáforo, arrancar bruscamente ao abrir o sinal e seguir em disparada, parecendo disputar uma corrida.

As vítimas foram identificadas como Isabela Priel Regis, estudante de técnico em enfermagem, e Isabelli Helena de Lima Costa. As duas voltavam de uma adega, onde comemoravam o início do novo emprego de uma delas. “Elas estudaram o ensino médio juntas e... morreram juntas. Eram inseparáveis”, disse Claudilene Helena de Lima, mãe de Isabelli.

O veículo envolvido ficou completamente destruído. O caso está sendo investigado pelo 1º Distrito Policial de São Caetano do Sul.

Aumento de atropelamentos em SP

Segundo dados do Infosiga, sistema do Detran-SP que monitora sinistros no estado, o número de pedestres mortos por atropelamento aumentou 29% na capital paulista nos dois primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024.

Entre janeiro e fevereiro de 2025, foram registradas 53 mortes, contra 41 no ano anterior. É o maior número desde 2019, quando 60 pedestres morreram atropelados no mesmo intervalo.

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