Bolsonaro veta indenização a profissionais da saúde incapacitados pela Covid-19
O presidente vetou integralmente o projeto de autoria dos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS) que garantia o pagamento

Fonte: Brasil 247
Jair Bolsonaro vetou integralmente nessa segunda (3) o projeto de lei que garantia o pagamento de indenização a profissionais de saúde que ficaram incapacitados enquanto atuavam na linha de frente de combate ao coronavírus - ou a seus familiares, em caso de morte.
Ao vetar a proposta, Bolsonaro voltou a argumentar que o Congresso não fez uma estimativa de gastos, mas o governo estima um impacto na ordem de R$ 1,7 bilhão a R$ 3,7 bilhões caso a reparação seja concedida. O valor consta em documento assinado pelo secretário de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Gutierre, e pelo secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho, Benedito Brunca.
O projeto de autoria dos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS) prevê o pagamento de uma prestação de R$ 50 mil ao profissional de saúde incapacitado permanentemente.
Em caso de óbito, o valor é direcionado ao cônjuge, companheiro ou outros dependentes. Também será pago um valor aos dependentes deixados pelo trabalhador, se forem menores de 21 anos.
"Apesar do mérito da propositura e da boa intenção do Congresso em aprovar essa lei, a proposta contém obstáculos jurídicos que a impedem de ser sancionada", justificou a Secretaria-Geral da Presidência, em nota divulgada na noite dessa segunda (3).
O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, lamentou a atitute do presidente em seu twitter:
Bolsonaro VETOU a lei que previa auxílio financeiro para as famílias de profissionais de saúde que morreram durante a pandemia. Para torturadores e milicianos, homenagem. Para os heróis da linha de frente do combate ao coronavírus, nada.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) August 4, 2020
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