Política

Bolsonaro está desesperado, surtado e megalomaníaco

Muito perto da prisão, o réu no STF esperneia ao se deparar com o próprio fim


Reprodução Bolsonaro está desesperado, surtado e megalomaníaco
O desespero bateu e ele nã sabe o que fazer

Por Henrique Rodrigues, jornalista, na Fórum

Muito próximo de ser preso, Jair Bolsonaro revela o tempo todo um descontrole emocional completo. Mais megalomaníaco e surtado do que nunca, ele age como um deus caído, ignorado e que finge não acreditar em sua inelegibilidade e iminente condenação que o levará à cadeia.

Mantendo um discurso golpista e ameaçador, que busca impor sua vontade a governadores aliados, ele humilha publicamente antigos colaboradores. Na entrevista concedida ao portal Uol, publicada nesta quarta-feira (14), Bolsonaro deixou claras suas intenções agressivas no campo político. Cobrou governadores de direita para que questionem publicamente as decisões que o declararam inelegível.

"Gostaria, não posso obrigar, que os governadores falassem: ‘Bolsonaro está inelegível por quê? Essas acusações valem?’”, disse.

Ele insinua que o apoio a ele é uma obrigação dos líderes estaduais, ameaçando indiretamente aqueles que disputam seu eleitorado. Com mania de grandeza, o extremista ainda afirmou que “eleição sem meu nome na chapa é negação da democracia”, reforçando o tom de pressão para que o seu pretenso espólio político seja respeitado.

Ao falar de Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu ex-ministro e hoje governador de São Paulo, Bolsonaro foi ácido, colocando-o como dependente de seus votos e influência, um novo episódio de humilhação pública, semelhante a outro ocorrido no início desta semana.

“Tarcísio tem falado publicamente, 'sou candidato a reeleição, tenho dívida de gratidão com Jair Bolsonaro'. Eu tenho dívida com ele também, foi excepcional ministro... Mas ele ainda precisa de experiência política”, desdenha o antes todo-poderoso.

No fundo, todo o rodeio e as respostas repetitivas e violentas servem apenas para retratar o desejo de Bolsonaro de manter controle sobre aliados e sucessores, numa clara tentativa de segurar o que ainda lhe resta de poder político.

Insistência irritante e a realidade da inelegibilidade

Mesmo diante da inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por oito anos, Bolsonaro insiste de forma infantil e insuportável em continuar sendo candidato, desafiando a Justiça e tentando barrar a aplicação da punição. "Eu vou até o último momento buscar pela minha possibilidade de disputar a eleição”, disse na entrevista.

Ele simplesmente ignora os fatos, como a decisão que o declarou inelegível após sua reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, mostrando um completo descolamento da realidade jurídica e política. Essa insistência revela um comportamento megalomaníaco, típico de alguém que não aceita seu declínio e tenta, desesperadamente, manter a narrativa de poder que já não possui.

A parte engraçada do desespero de Bolsonaro é a de suas contradições. Ninguém, em circunstância alguma, na sua visão, está preparado para sucedê-lo na eleição presidencial de 2026. Ele sai apontando defeitos e jogando na cara os pontos fracos de todos os postulantes, sem exceção. Mas quando é perguntado sobre lançar sua esposa, Michelle Bolsonaro, uma mulher deslumbrada sem qualquer trajetória ou histórico político, ou então o filho deputado que foi viver nos EUA, sua conversa muda. Ele diz que não é hora definir isso, mas não vê problema algum nos dois nomes.

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