Política

Bolsonaristas usam imagem de Lula como alvo em clubes de tiro

Os bolsonaristas já estão entrando no ritmo da campanha presidencial de maneira bastante violenta

  • sexta-feira, 11 de março de 2022

Foto: DivulgaçãoO “alvo” que os bolsonaristas querem espalhar pelos clubes de tiro do país
O “alvo” que os bolsonaristas querem espalhar pelos clubes de tiro do país

DCM - Em clubes de tiro espalhados pelo país, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão estimulando o uso de uma imagem do ex-presidente Lula (PT) como alvo. Os bolsonaristas já estão entrando no ritmo da campanha presidencial de maneira bastante violenta.

Na montagem, em preto e branco, o petista aparece com as marcações de um alvo apontando uma arma contra a cabeça de um refém. Segundo a revista Crusoé, alguns estabelecimentos já aderiram ao uso da imagem por pressão dos bolsonaristas.

O próprio Bolsonaro tem estimulado este comportamento. Em fevereiro, ele participou de um treinamento de tiro ao alvo e apontou para a cor vermelha. “É muita vontade de dar liberdade para esse povo e acabar com o comunismo”, relatou. Na sequência, completou: “No voto, e não no tiro”.

Bolsonaro fez ameaças com armas e passou vergonha em duas oportunidades. O presidente da República nunca escondeu que possui uma “tara” pelo item. Porém, mesmo querendo bancar o “machão”, ele demonstrou que não tem qualquer “intimidade” com o objeto.

Ainda deputado federal, ele defendeu inúmeras vezes a liberação para a compra de arma em qualquer “esquina” do país. Com o aumento da sua popularidade, passou a radicalizar ainda mais em relação ao assunto. Não por acaso defendeu a “legalização” da milícia.

Em 2018, o então candidato à presidência participou de um ato no Acre. Ao discursar em um carro de som, pegou o tripé de uma câmera e fez a simulação de um fuzil. “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre, hein? Vamos botar esses picaretas para correr do Acre. Já que eles gostam tanto da Venezuela, essa turma tem de ir pra lá. Só que lá não tem nem mortadela, hein, galera. Vão ter de comer é capim mesmo”, disse ele na época.

Sua paixão por “armas” acabou se tornando “política pública”. O número de armas registradas cresceu 300% no governo Bolsonaro. E o tom ameaçador continuou. Recentemente, o presidente da República deixou claro que queria “eliminar os comunistas”.

Surgiram, em fevereiro deste ano, imagens dele aprendendo a destravar uma arma. Ou seja, não tem qualquer intimidade com o objeto. Mas não saber destravar uma arma não foi a única vergonha do presidente. Em 1995, bandidos o roubaram. Mesmo armado, Bolsonaro revelou aos jornais da época que se sentiu inseguro.

Siga nas redes sociais

Deixe sua opinião: