Política

Aprovação de Lula cresce alcançando maior nível do ano

A melhora de imagem não se restringe a Lula. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também teve ganhos importantes


Reprodução Aprovação de Lula cresce alcançando maior nível do ano
Lula e o povo

A avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou melhora significativa em junho, alcançando o maior nível de aprovação do ano. Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (8) pela AtlasIntel, a aprovação do presidente subiu 2 pontos percentuais em comparação com maio, enquanto sua desaprovação caiu na mesma proporção. O levantamento também indica um leve aumento nas avaliações de governo “regular” (1,2%) e uma queda de 0,9% nas classificações como “ruim ou péssimo”, refletindo uma percepção mais positiva da gestão.

A melhora de imagem não se restringe a Lula. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também teve ganhos importantes. A imagem negativa do possível presidenciável caiu 5%, enquanto a avaliação positiva subiu 3%. Apesar de ainda possuir um saldo negativo de -6%, este é o melhor índice registrado por Haddad desde janeiro de 2025. Já a imagem pessoal de Lula teve um acréscimo de 2%, acompanhada por uma queda de 1% na rejeição.

Corrupção segue como principal preocupação dos brasileiros

A corrupção permanece no topo das preocupações nacionais, citada por 58% dos entrevistados como o maior problema do país. Criminalidade e tráfico de drogas continuam sendo temas relevantes, mas registraram queda de 3% na percepção pública em relação ao mês anterior. As preocupações com economia e inflação também diminuíram levemente, embora continuem no centro do debate público.

Cenário eleitoral para 2026 mostra vantagem de Lula fora do confronto com Bolsonaro

Em simulações para a eleição presidencial de 2026, Lula mantém vantagem apertada sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje inelegível, com 1,6 ponto percentual de diferença — número menor que os 2,8 pontos registrados em maio. Em cenários alternativos, Lula lidera com mais folga: contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o petista aparece com 44,6% das intenções de voto, uma diferença de 10,6 pontos. Frente a Michelle Bolsonaro, a vantagem de Lula chega a 14,6%, com crescimento de 0,6% desde o último levantamento.

Em um eventual cenário com Fernando Haddad como candidato do PT, a disputa se mostra mais equilibrada. Tarcísio aparece com uma leve vantagem de 0,7% sobre o ministro da Fazenda. Ciro Gomes (PDT) tem 8,3% das intenções, e os demais candidatos não superam os 5%. Cerca de 10% dos eleitores afirmam que votariam em branco, nulo ou ainda estão indecisos.

Expectativas econômicas melhoram

A confiança do consumidor voltou a crescer após recuar em maio. O Índice de Expectativa da pesquisa aponta para uma visão mais otimista em relação à economia brasileira. A percepção da inflação atual caiu 0,8%, fixando-se em 6,2%, enquanto a expectativa para os próximos meses também recuou 0,5%, chegando a 5,2%.

Democracia valorizada, mas insatisfação com instituições persiste

Apesar de 81,5% dos entrevistados considerarem a democracia como a melhor forma de governo, 54,2% expressam insatisfação com seu funcionamento no Brasil. A falta de confiança nas instituições é um dos principais fatores: mais de 80% afirmam ter pouca ou nenhuma confiança na mídia, e 69,8% acreditam que os veículos de comunicação são controlados por interesses específicos. Além disso, 90,1% dos brasileiros dizem que políticos raramente ou nunca são punidos por corrupção.

Redes sociais e instituições: entre regulação e receio de censura

O debate sobre a regulação das redes sociais também ganhou destaque. A maioria dos brasileiros (53,3%) defende regras mais rígidas para o funcionamento das plataformas. Há apoio expressivo para a remoção imediata de conteúdos como fake news, incitação à violência e discursos de ódio, mesmo sem decisão judicial.

Nesse contexto, o Supremo Tribunal Federal (STF) aparece como a instituição com maior confiança para lidar com a regulação: 53% dos entrevistados afirmam confiar ou confiar muito no Supremo, contra apenas 11% que depositam o mesmo grau de confiança no Congresso Nacional. Ainda assim, 46% demonstram preocupação com riscos de censura por parte do STF.

A pesquisa AtlasIntel entrevistou 2.621 pessoas com mais de 18 anos entre os dias 27 e 30 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Siga nas redes sociais

Deixe sua opinião: