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Ambulante é espancado por filho de Maguila em frente a casa de show em SP

Após ser agredido, o ambulante foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro


Reprodução Ambulante é espancado por filho de Maguila em frente a casa de show em SP
Ambulante é espancado por filho de Maguila em frente a casa de show em SP

Em São Paulo, a noite de trabalho de um ambulante terminou em violência após um suposto confronto com o filho do ex-boxeador Maguila. A agressão aconteceu na Rua Tagipuru, no bairro da Barra Funda, e foi relatada pela vítima ao portal UOL. Segundo o ambulante, que sofreu ferimentos graves, dois homens contratados por casas de shows vêm intimidando os vendedores informais da região, gerando um ambiente de constante opressão.

O ambulante, identificado como Osvaldo, contou que esses seguranças atuam na área há cerca de três meses, recebendo de casas de shows para impedir o trabalho dos vendedores. "Eles estão recebendo para não deixar a gente trabalhar na rua. Já tem uns três meses que isso acontece, e eles se acham polícia, ficam oprimindo a gente, ameaçam destruir os carrinhos, fazem o terror", relatou Osvaldo, explicando o clima de tensão que tomou conta do local.

O episódio de violência que levou Osvaldo a ser agredido fisicamente teve consequências graves. Ele foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro de Santana, onde precisou de pontos na testa e sofreu uma lesão no crânio. “Estou todo machucado, com a cabeça toda ferida. Só estou vivo porque o pessoal conseguiu me tirar de perto deles. Meu rosto está bem machucado e minha boca está cortada", disse, em um desabafo cheio de dor.

O incidente agrava a situação de Osvaldo, que perdeu o emprego de motorista executivo no ano passado e passou a trabalhar como ambulante para sobreviver. Ele explicou ao UOL que, embora já tivesse alguma experiência no ramo, começou a se dedicar integralmente à atividade após o desemprego. "Trabalhava de motorista, mas nos finais de semana fazia bico de ambulante para complementar a renda. Desde que perdi o emprego, me tornei ambulante full-time", explicou.

Osvaldo vende água, cerveja e refrigerante em um carrinho na região onde ocorreu a agressão. Ele contou que, antes da ação dos seguranças, nunca havia enfrentado problemas para trabalhar ali. "Sempre trabalhei em paz, respeitando as regras. Não podia ficar na porta das casas de show, mas na fila e na rua, sempre consegui atuar sem maiores conflitos", lembrou.

A denúncia de Osvaldo chama atenção para a crescente tensão entre trabalhadores informais e seguranças contratados por estabelecimentos comerciais, levantando um debate sobre a proteção e os direitos dos ambulantes, que enfrentam uma dura realidade de abuso e desrespeito.

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