A teoria da imunização do rebanho
Jair Bolsonaro prega a contaminação de 70% da população. Aí haveria, de forma natural, a imunização do rebanho. Ou seja: supõe-se que quem for contaminado e não morrer ficará imune, o que em muitos casos do passado não se confirmou, vide o H1N1, para o qual você tem que se vacinar todos os anos. Mas mesmo que houvesse a imunização dos que conseguissem sobreviver, vejamos os cálculos:
O Brasil tem 210 milhões de habitantes e 70% disso representam 147 milhões de pessoas, as que inevitavelmente, na cabeça do Bozo, seriam infectadas. Como a letalidade do Covid-19 no Brasil é uma das maiores do mundo, cerca de 8%, isso significa a morte inexorável de 11.760.000 pessoas.
Onde o presidente iria jogar tantos mortos? Como as famílias de tanta gente iriam reagir? Iriam continuar gritando Mito, Mito, Mito?
É por isso que ele já tratou de editar uma Medida Provisória em causa própria que isenta o agente público de quaisquer responsabilidades na condução da pandemia. Mas isso não vai colar. Ou o Congresso ou o STF derrubará essa excrescência anti-jurídica.
E, mais cedo ou mais tarde, pessoas terão que responder nos tribunais do Brasil ou do exterior pelo que fizeram contra a vida dos brasileiros.
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