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Vice-presidente do PSL diz que vota em Lula em segundo turno contra Bolsonaro

Deputado Júnior Bozzella afirma que é "contra a esquerda", mas não não votará em "quem me decepcionou, quem me frustrou", referindo-se a Bolsonaro

Foto: ReproduçãoJúnior Bozzella, vice-presidente do PSL
Júnior Bozzella, vice-presidente do PSL

 


Congresso em Foco- Arrependido de ter trabalhado para a eleição de Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado federal Júnior Bozzella, vice-presidente nacional do PSL, afirmou que mesmo sendo “contra a esquerda” votará em Lula em um possível segundo turno entre o petista e o atual presidente em 2022.

“Eu sou contra anular voto, porque alguém tem que ganhar a eleição, não adianta de nada”, afirmou Bozzella em entrevista ao site Congresso em Foco. “Mas tenho certeza de em quem não vou votar, sei quem me decepcionou, quem me frustrou [Bolsonaro]. Sou contra a esquerda e a radicalização, mas no momento em que a gente vive, com a falta de opção de alternância, onde enfrentamos um presidente extremamente perigoso, quem tem o sentimento de pátria e de racionalidade mínima no país deve enxergar isso”, completou.

Bozella diz que o Brasil vive um momento de “incitação da anarquia, do ódio e do enfraquecimento das instituições” e que outros integrantes do PSL, partido usado por Bolsonaro para se eleger presidente, devem votar em Lula.

Hoje, o vice do partido acredita que o chefe do Executivo  não cumpriu com o compromisso que ele fez em relação à uma economia liberal e às reformas estruturantes do país.

Bozzella ainda crê no surgimento de um candidato de "centro-democrático" que poderá comandar a chamada "terceira via" nas próximas eleições. Mesmo assim, o vice do PSL admite que o ex-presidente Lula "tem muito a contribuir com o processo democrático", por já ter ocupado a cadeira da presidência no passado.

"Os últimos ex-presidentes, como o Lula, o FHC, o Temer, têm um processo de amadurecimento muito além dos demais", acrescentou.

Questionado se outros integrantes do PSL que romperam com o presidente compartilham de sua opinião, Bozzella respondeu que qualquer pessoa "minimamente estudada, conhecedora da história do país e que tem um sentimento ao próximo e racional vai fazer essa mesma avaliação [sobre votar ou não em Bolsonaro]."

"Talvez a pessoa não declare seu voto publicamente, mas entre você e a urna, é o seu sentimento de defesa do próximo que define o voto", concluiu.

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