Pensar Piauí

Vacinação: quem deve ter prioridade?

O Brasil não tem planejamento, mais uma contribuição de Bolsonaro para a sabotagem do combate à pandemia

Foto: Renato Bezerra/FMSVacinação contra a gripe

Por Luis Felipe Miguel, professor, no Facebook

É difícil organizar uma ordem de prioridades para a vacinação. O topo da lista é óbvio: profissionais que estão na linha de frente dos hospitais, de enfermeiros e médicos a faxineiros.

Daí para diante, nada é tão claro. Há critérios concorrentes: exposição ao vírus, vulnerabilidade à doença, urgência da retomada de determinadas atividades. E mesmo dentro de cada critério o ordenamento não é unívoco.

Quem deve ser vacinado antes? O professor, o motorista de ônibus, o sexagenário?

Dificilmente a definição das prioridades agradará a todos. O que se pode fazer é buscar transparência na adoção dos critérios, demonstrando que eles podem ser sustentados de boa fé e encaminhando uma vacinação organizada.

O contrário ocorre no Brasil. Não foi feito nenhum planejamento prévio, embora todos soubessem que as vacinas logo chegariam. O governo federal lança sinais contraditórios, curva-se a todo tipo de lobby, incentiva furadas de fila.

É mais uma contribuição de Bolsonaro para a sabotagem do combate à pandemia.

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