Saúde

Vacina fabricada no Brasil, não será usada aqui, será exportada

Como a Anvisa ainda não aprovou o uso da Sputnik V as 100 mil doses doses do primeiro lote vão ser destinadas para exportação

  • sexta-feira, 21 de maio de 2021

Foto: R7Vacina Sputinik
Vacina Sputinik

 

O laboratório químico-farmacêutico brasileiro União Química iniciou nesta quinta-feira (20) em sua fábrica de São Paulo a produção nacional da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. Entretanto, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não aprovou o uso da Sputnik V no Brasil, as 100 mil doses doses do primeiro lote vão ser destinadas para exportação aos países da América Latina.

A apresentação do primeiro lote foi feita em entrevista à imprensa, na sede do laboratório em Guarulhos (SP) com a participação do vice-presidente de operações, José Luís Junqueira, de Paula Melo, vice-presidente de qualidade, assuntos regulatórios e inovação, e de Daniel Araújo, diretor de assuntos regulatórios da empresa. Como a Anvisa está protelando a aprovação da vacina no Brasil, os rótulos do primeiro lote estão em espanhol, já que serão exportadas para os países vizinhos.

A vacina que a empresa União Química começou a produzir em solo brasileiro e que não poderá ser usada nos brasileiros já foi aprovada para uso em 66 países. O imunizante ocupa a segunda posição mundial em aprovações de agências reguladoras estatais. A vacina tem eficácia de 97,6%, baseando-se na análise dos dados de 3,8 milhões de russos vacinados, sendo esta porcentagem mais alta do que a eficácia revelada antes na revista científica The Lancet (91,6%).

Além da Rússia e agora o Brasil, a vacina é produzida na Argentina, na Sérvia, no Egito e na Turquia.

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