Política

Tic, Tac: Marcelo Ponte, ex-chefe de gabinete de Ciro Nogueira (PP-PI), é investigado pela PF

Crimes de lavagem de dinheiro e superfaturamento usaram recursos do FNDE que foi presidido por Marcelo Pontes, ex-chefe de Gabinete de Ciro Nogueira


Foto: Pedro França/Agência Senado | Marcos Corrêa/PR | FNDE | Cecília Bastos/USP IMAGEMMarcelo Ponte e Ciro Nogueira
Marcelo Ponte e Ciro Nogueira

Fórum - A Polícia Federal (PF) desencadeou na manhã desta quinta-feira (1º) a Operação Hefesto, que mira uma organização criminosa investigada por crimes de corrupção em Alagoas.

A PF investiga crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro ocorridos entre 2019 e 2022 - durante o governo Jair Bolsonaro (PL) - em processos licitatórios, adesões a Atas de Registro de Preços e celebrações contratuais relacionadas ao fornecimento de equipamentos de robótica para 43 municípios alagoanos com recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE)

À época, o fundo foi presidido por Marcelo Lopes da Ponte, ex-chefe de gabinete do ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), colega de partido de Lira.

Segundo a CGU, as fraudes e superfaturamento geraram prejuízo ao erário de R$ 8,1 milhões e sobrepreço, com prejuízos potenciais de R$ 19,8 milhões, em relação às despesas até então analisadas.

Mais de 110 policiais federais e 13 servidores da CGU cumprem 27 mandados judiciais de busca e apreensão, sendo 16 em Maceió/AL, oito em Brasília/DF, um em Gravatá/PE, um em São Carlos/SP e um em Goiânia/GO, além de dois mandados de prisão temporária em Brasília/DF, todos expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Alagoas.

Além destas medidas, foi determinado o sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados, no valor de R$ 8,1 milhões e a suspensão de processos licitatórios e contratos administrativos celebrados entre a empresa fornecedora investigada e os municípios alagoanos que receberam recursos do FNDE para aquisições de equipamentos de robótica.

A investigação identificou ainda que foram realizadas, pelos sócios da empresa fornecedora e por outros investigados, movimentações financeiras para pessoas físicas e jurídicas sem capacidade econômica e sem pertinência com o ramo de atividade de fornecimento de equipamentos de robótica, o que pode indicar a ocultação e dissimulação de bens, direitos e valores provenientes das atividades ilícitas.

Algumas dessas transações eram fracionadas em valores individuais abaixo de R$ 50 mil, com o fim aparentemente de burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF. Em seguida às transações, eram realizados saques em espécie e entregas dos numerários aos destinatários.

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