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Teresina: nova greve de ônibus pode iniciar na segunda (7)

Uma reunião acontecerá amanhã (3) para definir a situação do transporte da capital

Foto: GP1Menos ônibus: o teresinense vai enfrentar veículos lotados por conta do Prefeito da cidade
Terminal em Teresina 

Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina podem deflagrar uma nova greve na próxima segunda-feira (07), pela assinatura da convenção coletiva da categoria, que assegura  direitos dos trabalhadores, como auxílio-alimentação e plano de saúde, além da regularização salarial.

Em entrevista ao meionorte.com, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Antônio Cardoso, informou que se reuniu na manhã de hoje com o prefeito Doutor Pessoa, onde ficou acordado um novo encontro para amanhã (03), com representantes do sindicato, da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS) e do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), para debater e definir a regularização da situação da categoria.

Segundo Antônio Cardoso, havendo um acordo, a paralisação, que já foi previamente definida para o dia 7, pode ser evitada. Para ele, o sindicato não quer uma nova paralisação, pois prejudica tanto os trabalhadores como a população, que já vem sendo penalizada com a precariedade do transporte público na capital. 

“O prefeito diz que não tem conhecimento técnico ao transporte e na visão da gente que estava lá, ele é o gestor, ele tem o poder de pedir para resolver essa situação que a gente só vem tendo perca com relação a esse assunto e a prefeitura que faz o repasse. A gente não quer a greve e sabemos que ela maltrata muito a população, levamos os dados, o que estamos pedindo eles dizem (Setut) que para negociar com a gente é necessário que o prefeito arque com as despesas. Amanhã ficou certo a participação da Strans, Setut, representante da Câmara Municipal. O que não dá é a população ficar penalizada sem ônibus e a gente sem garantia”, pontuou.

O presidente do Sintetro reforçou que estão prezando e priorizando o diálogo, mas querem objetividade nas tratativas. Para ele, seria uma ‘greve jamais vista em Teresina’. 

“A gente vai atrás do nosso direito, mas não queremos greve. Seria uma greve jamais vista em Teresina. Queremos achar uma solução. Estamos a mais de um ano recebendo R$ 800 reais. Até o dia 7 se não tivermos um entendimento, aí vai ter essa paralisação e novamente vamos buscar no diálogo. Estamos querendo negociar, a partir disso, vamos tomar uma atitude. Vamos estar com outros sindicatos, estudantes”, finaliza.

Em nota, o Setut informou que tem participado de mesas de negociações e propostas junto à Superintendência Regional do Trabalho no Piauí, buscando solucionar as demandas trabalhistas de motoristas e cobradores de ônibus. Segundo o sindicato, o piso salarial de R$ 1.941,00 tem sido assegurado para não surgirem mais demissões de colaboradores no sistema.

"Considerando que demanda de passageiros transportados ainda se encontra num patamar muito inferior ao que se via antes da pandemia, e sem poder contar com os subsídios legais e contratuais, que o poder gestor municipal já deveria estar repassando desde Jan/21, para as empresas, inclusive as gratuidades, não há condições financeiras de se discutir novos pontos para nossos colaboradores, pois o sistema ainda se encontra muito distante do que é necessário para a sua manutenção. Os empresários seguem à disposição e abertos para o diálogo com os trabalhadores, afim de solucionar as dificuldades do setor. Destacando que o objetivo principal de ambos os lados, deve ser o atendimento das demandas dos passageiros", reiterou o Setut no posicionamento. 

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