Talíria Petrone pede proteção à ONU após novas ameaças de morte
A parlamentar pede que as relatoras de direitos humanos da entidade cobrem explicações do governo brasileiro
A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) acionou a Organização das Nações Unidas (ONU) diante das ameaças de morte que vem sofrendo. De acordo com a parlamentar ao menos cinco gravações foram registradas. Ela pede que as relatoras de direitos humanos da entidade cobrem explicações do governo brasileiro.
Em agosto, a Câmara dos Deputados enviou escolta da polícia legislativa para a deputada. Essa foi a segunda vez que a parlamentar recebeu esse tipo de segurança. A primeira aconteceu em abril de 2019. Ela também foi ameaçada antes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) em março de 2018.
“Como se as ameaças anteriores à minha vida não fossem suficientes, alguns dias após o nascimento de minha filha, recebi novas ameaças. Em junho de 2020, a linha telefônica “Disque Denúncia” da Polícia do Rio de Janeiro noticiou à Câmara dos Deputados que havia mais de cinco gravações de pessoas falando sobre a minha morte", declarou Talíria.
Em carta, a deputada fez a denúncia à relatora da ONU sobre execuções sumárias, Agnes Callamard, e afirmou que o Brasil é o país que "mais mata defensores e defensoras de direitos humanos no mundo e, sem dúvida, a violência política é uma expressão do tamanho da fragilidade da democracia brasileira”.
Pelas redes sociais, a parlamentar afirmou querer que a ONU cobre do governo respostas sobre seu caso e também de Marielle e que apresente um plano para proteger mulheres, em especial negras, contra a violência política."Proteger a democracia é também proteger as representantes eleitas", disse.
Veja algumas manifestações de apoio à deputada no Twitter:
Queremos que a ONU cobre do governo respostas sobre meu caso e também de Marielle e que apresente um plano para proteger mulheres, em especial negras, contra a violência política.
— Talíria Petrone (@taliriapetrone) September 30, 2020
Proteger a democracia é também proteger as representantes eleitas. https://t.co/eLpAsgPQXq
Fragilidade da democracia brasileira e a violência política são evidenciadas todas as vezes que uma notícia como essa precisa ser publicada.
— Jamil Chade (@JamilChade) September 30, 2020
Deputada Talíria cita 5 gravações tramando sua morte e recorre à ONU por proteçãohttps://t.co/X0qtBy346j
Toda solidariedade a @taliriapetrone, que denunciou à ONU mais 5 gravações com ameaças de morte e pede proteção internacional. Se pensam que vão calar alguma de nós, estão muito enganados. Não daremos nenhum passo atrás! Mexeu com Talíria, mexeu com todos e todas nós! ✊
— PSOL 50 (@psol50) September 30, 2020
Foi com preocupação que nós recebemos a notícia das ameaças de morte à deputada federal @taliriapetrone.
— Intervozes (@intervozes) October 1, 2020
Nos solidarizamos com Talíria e repudiamos o discurso de ódio, a desinformação e a violência racista que tanto tem violado nossa democracia.
? https://t.co/Vv3lws3G1R pic.twitter.com/rUSfje39z9
Toda solidariedade à nossa Deputada subversiva Talíria (@taliriapetrone) que foi ameaçada mais uma vez. As ameaças a Talíria são também ameaças à democracia, e a todos os lutadores e lutadoras que se levantam contra a injustiça, a exploração e todas as formas de opressão. pic.twitter.com/ez4A2YoR6O
— Subvertamos (@subvertamos) October 1, 2020
O Brasil não precisa de novos mártires na política para entrar em estado de alerta.
— Talíria Petrone (@taliriapetrone) October 1, 2020
Confira na coluna de @M_Pichonelli.https://t.co/odxlv2zHt1