Segundo Janot, Ciro Nogueira integra organização criminosa de Temer

O senador piauiense e presidente nacional do Partido Progressista (PP)Ciro Nogueira aparece novamente nas denúncias formalizadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Nessa quinta-feira, 14, o parlamentar foi citado na denúncia formalizada contra o presidente Michel Temer e o que ele denominou de "organização criminosa do PMDB".

Nas últimas semanas, Ciro Nogueira reapareceu no cenário nacional, quando vieram à tona os áudios que levaram à prisão dos executivos da J&F, os delatores Joesley Batista e Ricardo Saud grampearam uma conversa com Ciro, na tentativa de incriminá-lo. Em depoimento à Polícia Federal, eles afirmaram que o objetivo do grampo era provar o pagamento de uma propina de R$ 500 mil a Ciro, além do caixa dois na campanha de 2016

No dia 01 de setembro deste ano, o senador foi denunciado por Janot ao STF por atuar no esquema de corrupção da Petrobras. Em maio deste ano, Ricardo Saud, diretor de relações institucionais e governo no grupo J&F dono do frigorífico JBS, mencionou o pagamento de R$ 42 milhões ao Partido Progressista, do qual Ciro Nogueira e que as tratativas se deram diretamente com o parlamentar piauiense. Ricardo Saud contou que teve um pagamento no valor de R$ 2,5 milhões ao senador Ciro Nogueira em espécie feito por um supermercado em Teresina, mas não soube dizer quem retirou e entregou o dinheiro.

No ano passado, Ciro Nogueira também foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.