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"Quando eu provar minha inocência, poderei morrer tranquilo", diz Lula

"Quando eu provar minha inocência, poderei morrer tranquilo", diz Lula

Acreditando que deve ter uns 20 anos de vida pela frente, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, em entrevista ao blog do jornalista Kennedy Alencar, é enfático ao afirmar que vai tentar provar a “farsa e a montagem” que fizeram para coloca-lo na cadeia e que não troca a dignidade pela liberdade. Lula quer provar a sua inocência e não descansará enquanto não o fizer. “Quando eu provar a minha inocência, eu posso morrer tranquilo”, declarou. Sobre a possibilidade de detração, ele deixou claro que somente o fará se não tiver que abrir mão de sua defesa. “Se eu tiver que abrir mão, morrerei aqui dentro”, afirmou nos trechos finais da entrevista. Tranquilo e sereno, Lula fala do seu governo e diz que sonhava estrategicamente em ter o Brasil entre os principais países do mundo. Exaltou o trabalho de Celso Amorim a frente do Ministério das Relações Exteriores, destacando o respeito que ele tinha das autoridades de diversos países. E dá lições sobre política. “Política você não faz por e-mail, política você não faz por fax, política você não faz por Instagram, política você não faz por WhatsApp. Política é olho no olho”. “Eu não esqueço nunca quando eu tomei a decisão de fazer o “puxadinho”, de financiar “puxadinho”: o cara construir um banheirinho a mais, o cara construir uma garagem a mais, o cara construir um quarto a mais. Na filosofia de quem é ministro da Fazenda, é impensável pensar política assim! Porque essa política não se ensina em Harvard, essa política não se ensina na Unicamp, essa política não se ensina na USP. Essa política a gente aprende é sobrevivendo no dia a dia”.
Essa visão diferenciada de Lula sobre a política vai sendo exposta com naturalidade. “Pobre não é problema. Pobre é solução, quando você o inclui e o transforma em sujeito da história”. E destaca a diferença entre um líder e quem governa por medo. “Autoridade a gente conquista”, observa o ex-presidente, que não hesita em repetir: “Eu quero ir pra casa! Agora, se eu tiver que abrir mão de continuar a briga pela minha defesa, não tenho nenhum problema de ficar aqui”.

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