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"Quando eu provar minha inocência, poderei morrer tranquilo", diz Lula

"Quando eu provar minha inocência, poderei morrer tranquilo", diz Lula

  • terça-feira, 14 de maio de 2019

Acreditando que deve ter uns 20 anos de vida pela frente, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, em entrevista ao blog do jornalista Kennedy Alencar, é enfático ao afirmar que vai tentar provar a “farsa e a montagem” que fizeram para coloca-lo na cadeia e que não troca a dignidade pela liberdade. Lula quer provar a sua inocência e não descansará enquanto não o fizer. “Quando eu provar a minha inocência, eu posso morrer tranquilo”, declarou. Sobre a possibilidade de detração, ele deixou claro que somente o fará se não tiver que abrir mão de sua defesa. “Se eu tiver que abrir mão, morrerei aqui dentro”, afirmou nos trechos finais da entrevista. Tranquilo e sereno, Lula fala do seu governo e diz que sonhava estrategicamente em ter o Brasil entre os principais países do mundo. Exaltou o trabalho de Celso Amorim a frente do Ministério das Relações Exteriores, destacando o respeito que ele tinha das autoridades de diversos países. E dá lições sobre política. “Política você não faz por e-mail, política você não faz por fax, política você não faz por Instagram, política você não faz por WhatsApp. Política é olho no olho”. “Eu não esqueço nunca quando eu tomei a decisão de fazer o “puxadinho”, de financiar “puxadinho”: o cara construir um banheirinho a mais, o cara construir uma garagem a mais, o cara construir um quarto a mais. Na filosofia de quem é ministro da Fazenda, é impensável pensar política assim! Porque essa política não se ensina em Harvard, essa política não se ensina na Unicamp, essa política não se ensina na USP. Essa política a gente aprende é sobrevivendo no dia a dia”.
Essa visão diferenciada de Lula sobre a política vai sendo exposta com naturalidade. “Pobre não é problema. Pobre é solução, quando você o inclui e o transforma em sujeito da história”. E destaca a diferença entre um líder e quem governa por medo. “Autoridade a gente conquista”, observa o ex-presidente, que não hesita em repetir: “Eu quero ir pra casa! Agora, se eu tiver que abrir mão de continuar a briga pela minha defesa, não tenho nenhum problema de ficar aqui”.
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