Polícia desvenda tentativa de massacre em escola de Brasília
Segundo a polícia, a tragédia causaria dezenas de vítimas na capital federal

Metrópoles - Policiais Civis do Distrito Federal deflagraram a Operação Shield e, ontem (21/5), ouviram uma pessoa suspeita de planejar um massacre em escola do Recanto das Emas, no Distrito Federal.
O plano de massacre, revelado por meio de monitoramento na internet, seria executado quando as aulas presenciais fossem retomadas.
Segundo a PCDF, a tragédia causaria dezenas de vítimas na capital federal.
O massacre aconteceria quando as aulas presenciais fossem retomadas, uma vez que, devido à pandemia, os alunos estão tendo lições remotas.
A investigação conseguiu informações sobre indivíduos que teriam a intenção de cometer diversos crimes violentos. O nome da escola alvo não foi divulgado pelos investigadores.
Na sexta, os policiais foram para a rua e cumpriram mandados de busca e apreensão a fim de encontrar mais suspeitos de terem planejado o ataque. O homem detido confessou a pretensão de realizar os crimes, mas, como não houve flagrante, ele foi liberado em seguida.
Além do homem detido a polícia tinha fortes suspeitas sobre uma jovem de 19 anos moradora no Recanto das Emas. A garota estava sob investigação por planejar o massacre em uma escola pública do local onde mora. A mãe dela disse que a filha chegou a conversar sobre o ataque com “uma menina do Rio de Janeiro”.
De acordo com a mulher, de 53 anos, a filha “não teria coragem” de executar o atentado, embora a jovem tenha confessado a intenção de realizá-lo. “Ela chegou a conversar com uma menina do Rio de Janeiro pela internet, que plantou essas ideias na cabeça dela, mas não fala com essa pessoa há muito tempo”, disse a dona de casa.
“Por mais que ela tenha dito que ia fazer, ela não ia fazer”, completou.
A mãe contou que policiais civis do Distrito Federal bateram no portão por volta das 4h e fizeram uma intensa revista nos cômodos, principalmente no quarto em que a suspeita dorme, onde os investigadores encontraram máscaras e simulacros de arma de fogo.
O imóvel onde as duas residem também fica localizado no Recanto das Emas, a alguns metros do colégio apontado pela PCDF como sendo o alvo da garota.
A jovem foi levada à delegacia, mas liberada, por não se configurar prisão em flagrante. Segundo a dona de casa, a filha gostava de tirar fotos com as armas falsas e, como uma era de chumbinho, atirava em garrafas de plástico.
A mãe descreve a filha como muito tímida. Há dois anos, a jovem teria sofrido um acidente que a impede, até hoje, de percorrer médias e longas distâncias. Os remédios para depressão e esquizofrenia fazem com que ela tenha muito sono durante todo o dia.
“Ela não tem condições de andar sozinha e fica tonta com as medicações. A pressão cai e ela passa a maior parte do tempo na cama, sempre”, conta a mãe.
Ainda de acordo com a mulher, a jovem sofre de graves transtornos psiquiátricos, tem poucos amigos, não gosta de sair e passa a maior parte do tempo entretida com jogos de celulares. “Minha filha não é esse monstro. Como mãe, não passo a mão na cabeça, mas não posso deixar que isso tome a proporção que tomou”, declarou.
Há dois anos, a jovem de 19 anos teria sofrido um surto psicótico enquanto andava na rua e acabou atropelada por um carro. Na ocasião, levou 50 pontos na cabeça, além de ter fraturado o quadril e os ombros. A mãe contou sobre o incidente para defender a tese de que a filha não teria condições físicas de fazer qualquer ato com a magnitude descrita pela polícia. “Não dá conta de ir de uma rua para a outra rua, quem dirá fazer um massacre. E ela jamais faria isso.”
A operação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) foi deflagrada em parceria com a Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos. O coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Alessandro Barreto, explicou que a participação da polícia americana por meio da Homeland Security Investigations, deve-se a uma parceria entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos (EUA).
“Temos essa parceria vinculada à Embaixada dos EUA no Brasil. Estamos fazendo um trabalho preventivo de forma permanente para antecipar e neutralizar o planejamento de ataques como esse que ocorreria na escola de Brasília”, pontuou.
Deixe sua opinião: