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Polícia acha corpos de traficantes suspeitos de matar médicos no RJ

Traficantes teriam confundido o médico Perseu Almeida com o miliciano Taillon de Alcântara, em ação considerada desastrosa pela facção.

Foto: ReproduçãoUm dos carros onde estavam os corpos e no detalhe Philip Motta Pereira, o Lesk, que está entre os mortos.
Um dos carros onde estavam os corpos e no detalhe Philip Motta Pereira, o Lesk, que está entre os mortos.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou no fim da noite desta quinta-feira (5) os corpos de quatro supostos traficantes dentro de dois carros, eles teriam assassinado os três médicos - entre eles o ortopedista Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) - durante a madrugada na orla da Barra da Tijuca.

Os supostos traficantes teriam sido executados a mando da cúpula do Comando Vermelho, maior facção criminosa do Rio de Janeiro, por terem confundido o médico Perseu de Almeida com o miliciano Taillon de Alcântara, filho do chefe da milícia de Jacarepaguá, Muzema e Rio das Pedras, e rival da quadrilha do narcotráfico.

Foto: ReproduçãoFilho de miliciano, conhecido como Taillon (à esquerda), seria o alvo e teria sido confundido com o médico Perseu (à direita)
Filho de miliciano, conhecido como Taillon (à esquerda), seria o alvo e teria sido confundido com o médico Perseu (à direita)

 

Dois dos supostos traficantes encontrados mortos são suspeitos: Philip Motta Pereira, o Lesk, e Ryan Nunes de Almeida.

A polícia confirmou que Bruno Pinto Matias, o Preto Fosco, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, não estão entre os mortos. Eles também estão entre os suspeitos do assassinato dos médicos.

Versão oficial da polícia provoca desconfiança nas redes

A versão oficial da polícia civil do Rio de Janeiro sobre o crime bárbaro contra quatro médicos na Barra da Tijuca provoca desconfiança nas redes sociais. "A execução ocorreu porque traficantes confundiram o médico com miliciano e depois de descobrirem o erro os traficantes foram assassinados. Em menos de 24 horas tão falando isso...

Nessa versão os autores do fato não estariam vivos e a investigação seria encerrada", apontou a professora de filosofia Bia Gomes. O comunicador Thiago dos Reis aponta a possibilidade de queima de arquivo. "Milicianos matam o irmão de uma das deputadas mais atuantes contra o bolsonarismo e apagam os assassinos antes que possam delatar o mandante, é isso mesmo?", questiona. Confira:

Com informações do 247

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