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Plano Safra e crédito agrícola: A nova divergência entra Lula e Campos Neto

Na próxima quarta-feira (21), Campos Neto, Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) devem se posicionar.

Foto: Reprodução/vejaLula e Roberto Campos Neto
Lula e Roberto Campos Neto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estão em um novo impasse. A disputa, que dessa vez gira em torno do Plano Safra, é sobre a ampliação do chamado crédito direcionado para a agricultura que as instituições financeiras fornecem.

Com o apoio do chefe do governo, o Ministério da Agricultura quer ampliar a fatia que os bancos precisam destinar dos depósitos à vista e da poupança rural para o crédito agrícola, mas o impasse só se resolverá na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Na próxima quarta-feira (21), Campos Neto, Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) devem se posicionar.

Para o BC, aumentar esse crédito diminui a potência da taxa de juros no combate à inflação. Já para a Secretaria de Política Econômica (SPE), que se reuniu com os técnicos da instituição nessa semana, seria importante aumentar o crédito para um setor que está impulsionando a atividade econômica.

Segundo o Estadão, aliados de Roberto Campos Neto dizem que não dá para transformá-lo em vilão e que existem restrições técnicas para a mexida. A bancada ruralista no Congresso, porém, pressiona o presidente do BC, assim como o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura.

O entendimento deles é que, sem um crédito maior, o primeiro Plano Safra do terceiro governo de Lula vai operar com taxas de juros elevadas para o setor rural. O petista está tentando se aproximar do agronegócio, mirando no apoio ao governo e em pautas de interesse do Executivo no Congresso, já que a bancada ruralista tem 300 membros na Câmara.

Com informações do DCM 

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