Piauí terá Prêmio de Direitos Humanos

Foto: CCOM

Solenidade no Karnak

A governadora em exercício, Regina Sousa, assinou nessa quarta-feira, 20, Dia Nacional da Consciência Negra, decreto instituindo o Prêmio Estadual de Direitos Humanos Antônia Flor. A assinatura ocorreu durante a solenidade de lançamento da Campanha 16 Dias de Ativismo – Pelo Fim da Violência contra a Mulher, no Palácio de Karnak.

A criação do prêmio foi uma sugestão do Conselho Estadual de Direitos Humanos. O texto do decreto prevê a premiação anual de pessoas e instituições que se destacam na área de promoção e defesa dos direitos humanos no Estado do Piauí. Na solenidade, a governadora em exercício ressaltou que a escolha do nome da honraria é também uma forma de homenagear a mulher rural: "Fiquei encantada com a história da Antônia Flor, uma mulher do campo que morreu lutando pelo direito à terra", pontuou Regina.

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A presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Marinalva Santana, agradeceu a sensibilidade da governadora em exercício por acatar a sugestão do Conselho e propôs mais uma ação: o envio de mensagem à Assembleia Legislativa do Piauí com projeto de lei prevendo cotas raciais em concursos públicos realizados no Estado. "O Piauí precisa mirar-se no exemplo de cerca de uma dezena de estados que já aprovaram leis próprias, prevendo cotas raciais nos concursos públicos", pontuou Marinalva.

Campanha 16 dias de Ativismo -  A iniciativa é uma mobilização anual da ONU, praticada simultaneamente por diversos atores da sociedade civil e poder público engajados na defesa da mulher. Desde sua primeira edição, em 1991, a ação já teve a adesão de cerca de 160 países. Geralmente vai do dia 25 de novembro a 10 de dezembro, quando é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos

No Piauí, o projeto é encabeçado pela Coordenadoria da Mulher, com o apoio de todos os órgãos estaduais. “A partir de amanhã (21), começaremos a visitar diversos municípios dialogando com a sociedade e realizando o trabalho de enfrentamento à violência. Serão ações simultâneas dos órgãos e estaremos juntos indo nos lugares onde de fato precisam de informação sobre o tema. A justiça acontece quando saímos da nossa zona de conforto para falar, denunciar, orientar, reunir homens e mulheres no combate a violência física e psicológica”, disse a coordenadora da Mulher, Zenaide Lustosa.