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PF deflagra operação contra fraude no INSS em Teresina

Policiais cumprem 12 mandados judiciais, sendo 8 de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva, cumpridos nos municípios de Teresina e Codó (MA)

Foto: ReproduçãoPolícia Federal deflagra Operação Bórgias para combater crimes previdenciários
Polícia Federal deflagra Operação Bórgias para combater crimes previdenciários

 

A Polícia Federal, em parceria com a COINP (Coordenação de Inteligência Previdenciária), deflagrou a Operação Bórgias na manhã dessa sexta-feira (10/03) com o fim prender os membros e desestruturar organização criminosa, instalada no município de Codó-MA, especializada em cometer fraudes contra a Previdência Social.  

Esse grupo criminoso é, supostamente, responsável por uma série de flagrantes no Estado do Piauí que acontecem, pelo menos, desde 2020.

As fraudes ocorrem em sistemas do INSS, através da inserção de documentos falsos, alteração de dados e locais de pagamento de beneficiários falecidos (saque pós-óbito), fictícios e vivos, valendo-se de diversos idosos falsários para consecução dos crimes.

A Operação mobilizou o total de 35 Policiais Federais para o cumprimento de 12 mandados judiciais, sendo 8 de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva, cumpridos nos municípios de Teresina e Codó (MA), e todos expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Teresina da Seção Judiciária do Piauí.

No decorrer das investigações foram identificados 77 benefícios atrelados à referida organização criminosa, dos quais foi confirmada frauda em 32. Destes, 8 benefícios de pessoas fictícias e 24pertencentes a segura dos falecidos. 

Para os 32 benefícios com fraude comprovada, constatou-se que o prejuízo efetivo no valor de R$ 2.056.337,22 (dois milhões, quinhentos e seis mil, trezentos e trinta e sete reais e vinte e dois centavos). Estima-se que, com a posterior revisão administrativa dos benefícios por parte do INSS e cessação dos pagamentos, haverá uma economia aos cofres públicos no montante de R$ 1.739.805,26 (um milhão, setecentos e trinta e nove mil, oitocentos e cinco reais e vinte e seis centavos).

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato majorado, falsidade ideológica, uso de documento falso, apropriação de bens de pessoas idosas e lavagem de bens e valores.

O nome Bórgias, que tem origem numa família italiana renascentista marcada por crimes, guarda relação com os fatos apurados visto que os principais investigados são membros de uma mesma família especializada em cometer crimes contra a Previdência Social reiteradamente.

Com informações da PF

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