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Pesquisadora da UFPI explica origem dos abalos sísmicos em Teresina

Pesquisadora da UFPI explica origem dos abalos sísmicos em Teresina

O teresinense sentiu bem de perto um fenômeno raro na região nordeste do Brasil, a terra tremer. As ocorrências, segundo populares, foram registradas em prédios em várias áreas da cidade e em diferentes bairros da capital piauiense na manhã desta terça-feira, (03).
A maioria dos relatos registrados em redes sociais foi de tremores no centro da cidade. Houve também relatos de tremores no Piauí, no município de União, José de Freitas, Pedro II e em algumas cidades do Maranhão, como em Belágua, onde segundo especialistas, o tremor atingiu 4,7 graus na escala Richter, sendo o epicentro do abalo.
Segundo a pesquisadora, Professora da Universidade Federal do Piauí, Iracilde Maria de Moura Fé Lima, doutora em Geografia; a raridade do fenômeno no Piauí se dá, pelo Brasil estar situado no centro de uma placa tectônica, e os tremores, ocasionados pelo choque entre uma placa e outra, serem mais frequentes e com maior intensidade nas bordas das placas.
“É raro, mas aqui também podem ocorrer terremotos, principalmente em áreas de falhamentos, como é o caso de Teresina, que fica na faixa dos lineamentos Transbrasiliano e Picos-Santa Inês (que apresentam direções Nordeste-Sudeste e Noroeste-Sudeste, respectivamente). Esses sistemas cortam transversalmente desde o Ceará, Piauí, Maranhão até Tocantins, correspondendo a uma das áreas mais suscetíveis à geração de sismos pela acomodação de camadas de rochas, bem como à propagação das ondas sísmicas que se dissipam em superfície”, explica a pesquisadora.
A professora Iracilde lembra que não foi a primeira vez que a terra tremeu em Teresina. Segundo ela, há cerca de trinta anos ocorreram tremores semelhantes aos registros de agora no centro da cidade, sentidos especialmente em um prédio da praça João Luís Ferreira, onde funcionava na época o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social).

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